A demanda por etanol continua aumentando no decorrer de 2025 – mas, por enquanto, ainda está abaixo do volume adquirido no ano passado.
Em abril, mês de retomada para a safra de cana-de-açúcar, os motoristas consumiram 1,8 bilhão de litros do biocombustível, alta de 1,4% em relação a março. Na comparação com o mesmo mês de 2024, entretanto, houve uma queda de 1,3%.
Desta forma, no acumulado de janeiro a abril, foram adquiridos 7,13 bilhões de litros de etanol hidratado, retração de 1,4% ante os 7,23 bilhões vistos no mesmo recorte de tempo no ano passado.
As informações sobre o andamento do mercado de combustíveis foram divulgadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O consumo de gasolina em abril, por sua vez, teve alta de 4,6% no mês e de 2,5% ante um ano antes, totalizando 3,79 bilhões de litros. Segundo a StoneX, o volume representa o melhor resultado para o mês na série histórica da agência, e aconteceu devido a uma recuperação no fluxo de veículos leves.
A analista de inteligência de mercado da StoneX, Isabela Garcia, indicou que, no período que antecede o início da temporada de cana, a gasolina tende a ficar mais atrativa aos motoristas do que o etanol.
Assim, a participação de mercado do etanol apresentou uma leve retração entre março e abril, para 25,2%. O índice ficou abaixo do registrado no ano passado, de 26,1%, mas ficou acima do visto em abril de 2023, de 18,4%.
No total, a demanda por combustíveis do ciclo Otto em abril teve uma alta de 2,3% tanto no comparativo mensal quanto no anual, para 5,07 bilhões de litros. Considerando os quatro primeiros meses do ano, houve um acréscimo de 2%, totalizando 19,76 bilhões de litros.
Também no acumulado de 2025, as aquisições de gasolina somaram 14,72 bilhões de litros, alta de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024.
No estado de São Paulo, maior produtor e consumidor de etanol do Brasil, o consumo do biocombustível aumentou para 872 milhões de litros em abril, alta de 1% em relação ao mesmo mês no ano passado. Na comparação com março, quando foram demandados 859 milhões de litros, o acréscimo foi de 1,5%.
Já o consumo de combustíveis do ciclo Otto passou por uma elevação mensal de 0,6%, para 1,41 bilhão de litros, além de uma alta anual de 1,7%. Desta forma, a participação de mercado do etanol teve uma leve queda, para 43,8%.