Fonte: O Globo
Cotações chegaram a cair 2% após disparada de ontem. Bolsonaro diz que Petrobras não seguirá agora preços internacionais dos combustíveis
Os preços do petróleo começaram caem nesta terça-feira, embora o mercado ainda esteja preocupado com a ameaça de uma resposta militar aos ataques contra as instalações de petróleo da Aramco na Arábia Saudita , que reduziram pela metade a produção do reino, o maior exportador do produto do mundo.
Logo após a abertura do mercado em Londres , às 6h35m (hora de Brasília), a cotação do Brent registrou queda de 0,45%, a US$ 68,71 or barril, enquanto o WTI de referência dos EUA caiu 0,84%, para US$ 62,37 por barril. Pouco depois os dois contratos perderam cerca de 2%.
Na segunda-feira, os preços do petróleo no mercado internacional subiram quase 20%, em resposta aos ataques dos rebeldes iemenitas, o maior aumento em quase 30 anos, antes de fechar com uma alta de 15%, na maior cotação em quatro meses.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o presidente da Petrobras prometeu não mexer no preço dos combustíveis no país por causa da disparada, segundo ele “atípica”, do petróleo no mercado internacional.
Os ataques de sábado aumentaram as chances de um sério impacto sobre a oferta global em um mercado que, nos últimos meses, se preocupava com uma demanda menor, dada à desaceleração econômica e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A companhia estatal de petróleo saudita Aramco não forneceu um calendário específico para a retomada de toda a sua produção.
– Não é algo bom de se dizer, mas se algo assim acontecesse, pelo menos seria no momento em que havia um excedente de petróleo bruto e quando a produção dos EUA estava crescendo rapidamente – disse Tony Nunan, analista de risco da Mitsubishi Corp.
A produção de petróleo dos EUA a partir de sete grandes reservas não convencionais de hidrocarbonetos aumentaram em 74 mil barris por dia em outubro, para um recorde histórico de 8,843 bilhões de barris por dia, informou a Energy Information Administration (EIA) em um relatório sobre produtividade e extração divulgado na segunda-feira.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira que havia evidências de que o Irã estava por trás dos ataques, mas disse que não queria ir à guerra. O governo iraniano, no entanto, nega as acusações. Número de drones cresce 50% no país e já são usados da entrega de pizza ao transporte de sangue