Protótipo de barco a hidrogênio verde é lançado no Rio

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Embarcação apresentada na Rio Boat Show será a primeira do mundo e vai ser exibida na COP30, em novembro, em Belém

 Jornal O Globo

O primeiro barco movido a hidrogênio verde do mundo será apresentado este ano durante a COP-30, em novembro, em Belém. À embarcação, desenvolvida em parceria da JAQ Apoio Marítimo, unidade do Grupo Náutica, com o Parque Tecnológico Itaipu, visa permitir o transporte marítimo de forma sustentável, sem emissões de carbono. O protótipo foi apresentado ontem na Rio Boat Show, na Marina da Glória.

– A gente quer mostrar para o mundo que é viável navegar sem emitir carbono – disse Ernani Paciornik, chairman da JAQ e presidente do Grupo Náutica, que encabeça o projeto.

Paciornik explica que o projeto é dividido em três fases. Na primeira, será lançada a Explorer H1, embarcação que ficará parada em estande da COP30 funcionando inteiramente com o hidrogênio verde para fazer funcionar as áreas internas.

SEGUNDA FASE No segundo estágio do projeto, esse mesmo barco será movido a motores híbridos, que trabalham com 20% de hidrogênio, além de óleo diesel. Com isso, o barco será capaz de reduzir as emissões de CO2 em 80%.

No entanto, o Explorer H1 ainda não será capaz de produzir o próprio combustível, então precisará ser carregado em postos. Já na última fase, que deve acontecer no próximo ano, será lançado o Explorer H2, cujo objetivo é ser capaz de extrair a água do mar, dessalinizar e gerar o hidrogênio capaz de mover o barco sem nenhuma emissão de carbono.

– Esse projeto não é apenas sobre inovação tecnológica, mas também sobre criar um futuro de desenvolvimento da náutica, mais limpo e sustentável para o transporte marítimo. A intenção é mostrar ao planeta que esse tipo de solução existe e que estamos evoluindo -disse Paciornik.

O presidente do grupo Náutica afirma que será viável uma produção do barco em larga escala. Embora o preço possa ser mais alto em comparação com embarcações equivalentes movidas a bunker (óleo combustível marítimo). Ele acredita que o hidrogênio verde é uma aposta para reduzir a emissão de gases poluentes na navegação marítima:

– Hoje em dia nós temos dezenas de barcos que vão diariamente para as plataformas de petróleo, levando mantimentos, pessoas e combustível, consumindo e poluindo horrores para pegar o petróleo e trazer de volta. Já que estão extraindo petróleo, por que não fazer isso de maneira mais limpa, reduzindo as emissões?

COLETA DE DADOS

A iniciativa também tem o apoio da empresa chinesa GWM, que fornecerá tecnologia para o desenvolvimento do hidrogênio verde, com investimentos na ordem de R$ 150 milhões.

A embarcação Explorer H1 terá 36 metros de comprimento e será equipada com sistema de hidrojatos para navegação em águas rasas. Já a Explorer H2 terá 50 metros e será destinada ao apoio de operações de mergulho e coleta de dados hidrográficos e oceanográficos.

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