Fonte: Jornal Nacional – TV Globo
O planeta ainda é movido a petróleo. O preço do combustível tem impacto direto nos custos das empresas do mundo todo. Depois de uma segunda-feira (16) turbulenta por causa dos ataques na Arábia Saudita, nesta terça as Bolsas internacionais fecharam estáveis. Foi assim em Nova York, Londres, Japão e Alemanha.
“O mercado reage com estômago em grandes eventos. Ontem foi um dia assim e hoje foi um dia de ajuste. Muita gente chama de correção, a gente chama de racionalização. Primeiro reage com o estômago, depois para para pensar. Aquela realidade que foi tratada como verdade absoluta, oriunda de um choque, passa a ser enxergada de uma maneira mais racional e mais técnica, ou seja, exageramos ontem, é hora de botar o pé no chão”, disse Adeodato Volpi Neto, estrategista-chefe da Eleven Financial Reserch.
A Bolsa de Valores de São Paulo terminou o dia com valorização de quase 1%. As ações da Petrobras abriram o pregão em queda e ficaram oscilando durante todo dia, refletindo as incertezas quanto a produção de petróleo lá fora e as dúvidas em relação ao rumo da política de preços da empresa no Brasil. Os papéis da empresa, que chegaram a cair quase 3%, fecharam em baixa de 1,32%.
O economista Luís Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, explica que o anúncio da Petrobras de que não iria acompanhar a alta do preço do petróleo lá fora deixou investidores apreensivos. Mas a notícia da retomada da produção deve aliviar o mercado.
“Com o restabelecimento da produção na Arábia Saudita, se não for completa, quase total, a gente deve ter uma acomodação de preços. A oscilação, ou seja, a volatidade dos preços deve ser menor e, com isso, os investidores devem ficar um pouco mais calmos”.