Com alta do petróleo, nem congelamento de ICMS deve conter reajuste de combustíveis
28/01/2022
Governo da Bahia anuncia que vai manter congelamento de ICMS sobre combustíveis por mais dois meses
28/01/2022
Mostrar tudo

A Tarde

O terceiro aumento no valor dos combustíveis em menos de um mês alerta a cidadania e os gestores públicos

O terceiro aumento no valor dos combustíveis em menos de um mês de comando da empresa privada Acelene, como administradora da Refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, Região Metropolitana de Salvador, alerta a cidadania e os gestores públicos para os riscos do efeito da política de transferência do controle para o capital privado, beneficiando seus investidores.

Considerando as elevações seguidas em tão curto período, não se precisa conhecer arte divinatória para prever o futuro de incessantes atualizações nas tarifas, não apenas comprometendo o orçamento do brasileiro, mas com efeitos danosos para a escalada da inflação, resultando em prejuízos ao país, se perseverar o modelo sem o necessário planejamento a fim de evitar os excessos.

O reajuste de 2,25% no litro da gasolina para as distribuidoras, anunciado em contexto avesso aos impactos de uma pandemia ainda em situação de descontrole, alçou o valor para perto de R$ 7 nas bombas, com perspectiva de este custo seguir em gráfico crescente, gerando como medida paliativa o congelamento do ICMS por parte dos secretários da Fazenda, embora não seja este imposto o motivo da exorbitante majoração.

Para reduzir os desdobramentos inusitados, o Comitê Nacional de Política Fazendária anunciou a fixação da taxa incidente até 31 de março, em decisão unânime dos 26 estados mais o Distrito Federal, incluindo a base de cálculo sobre gasolina, diesel e etanol, com a prorrogação por 60 dias, pois o prazo acordado anteriormente seria de 31 de janeiro, insuficiente para atenuar os danos em uma economia já em contexto desfavorável para o bolso do consumidor.

A decisão da equipe econômica do governo federal em tomar como parâmetro a variação do dólar, posicionando a Petrobras em paridade com o mercado internacional inviabiliza a estabilização, pois os reajustes do barril comercializado são geradores de inevitáveis turbulências, com reflexos negativos e de consequências imprevisíveis, embora o Brasil seja um grande produtor de petróleo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *