Fonte: UOL
A BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, iniciou uma disputa judicial com um aplicativo que oferece delivery de combustível e tenta retirar do ar um comercial que tem como protagonista a atriz Débora Secco.
Em uma notificação extrajudicial enviada à empresa, nesta quarta-feira (19), a BR Distribuidora alega que, na propaganda veiculada em redes sociais, a empresa GOfit “acusa postos de marcas tradicionais de cobrarem preços abusivos, consubstanciando-se em patente abuso a campanha publicitária realizada pelo aplicativo”.
“A BR distribuidora desempenha atividade de distribuição de produtos derivados de petróleo desde 1971, sendo reconhecida nacionalmente pela forma transparente que conduz seus negócios e se relaciona com seus clientes.
Dessa forma, não há como negar que ao se referir às “marcas tradicionais”, a peça publicitária atinge a imagem coorporativa da BR DISTRIBUIDORA e seus revendedores”, diz o documento obtido pela coluna.
A empresa de tecnologia rebate e diz que “não só manterá a propaganda que a BR Distribuidora quer censurar, como irá ampliá-la e intensificará a divulgação.”
“A GOFIT mantém, sim, o que disse em sua propaganda aos consumidores: o preço cobrado pela concorrência é abusivo. E esse é um dado objetivo. Em média, o litro da gasolina distribuída pelo app vindo de postos de bandeira branca custa R$ 0,30 a menos do que os concorrentes nos mesmos bairros”, informou a empresa em nota.
Autorização da ANP
A empresa de tecnologia possui um aplicativo com autorização para distribuir combustível direto ao consumidor na modalidade delivery, conforme projeto-piloto autorizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Atualmente, e empresa está autorizada a atender apenas três regiões do Rio de Janeiro, para testar a segurança e a viabilidade do modelo, conforme orienta a agência reguladora.
“O aplicativo é uma maneira de levar gasolina barata a locais dominados por postos caros. E a ANP, em seus boletins mensais, já atestou sucessivamente a qualidade similar dos postos bandeira branca e das marcas tradicionais”, afirma a GOFIT. “É um retrocesso o pedido de censura da BR Distribuidora uma vez que, quanto mais debate houver sobre o preço do combustível, o principal beneficiado será o consumidor”.