Governo libera Petrobras para definir seus preços

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Fonte: Valor Online

O governo anunciou ontem um pacote de medidas para acalmar os caminhoneiros e assumiu o compromisso de não interferir na formação dos preços dos combustíveis, para tranquilizar os mercados. Essas foram as duas iniciativas aprovadas por Bolsonaro para, de um lado, lidar com a ameaça de uma nova greve dos caminhoneiros e, de outro, diminuir o estrago que fez na cotação das ações da Petrobras ao determinar à direção da companhia, na semana passada, que suspendesse o reajuste de 5,7% nos preços do diesel.

A ingerência do presidente nos preços dos combustíveis abalou a confiança nos propósitos liberais do governo. Em um só dia, a Petrobras perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado. A estatal, porém, terá que ser mais transparente na comunicação de suas decisões. O ministro Paulo Guedes usou como exemplo de transparência a ata do Copom, do Banco Central.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, pela manhã, anunciou as medidas para melhorar “a vida e a renda dos caminhoneiros”. Foram destacados R$ 2 bilhões do Orçamento para concluir a BR 163, obra iniciada nos anos 1970, e para investir na manutenção de rodovias. O BNDES vai abrir uma linha de crédito de R$ 500 milhões para que os caminhoneiros possam trocar pneus e fazer a manutenção dos veículos. A Petrobras vai liberar o cartão combustível, um pré-pago para a compra de diesel. Pulverizada, a categoria teve reações diversas. Alguns dos líderes da greve do ano passado aprovaram as medidas, com ressalvas. Outros falaram em “esmola” e acreditam que a categoria vai reagir.

Guedes e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, asseguraram que quem define os preços dos combustíveis é a Petrobras e que a reunião com Bolsonaro, ontem, foi para o presidente ouvir explicações sobre a formação de preços. “Quem vai decidir o momento e o valor do reajuste é a Petrobras”, disseram. À noite, a estatal informou que manterá os preços inalterados, sem citar prazo.

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