Lojas de conveniência apostam em tecnologia para atrair clientes e aprimorar gestão

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Fonte: Portal da Plural

Você está abastecendo o seu carro, ou a sua moto, no posto e, de repente, bate aquela fome. Olha para o lado e percebe que a loja de conveniência pode ser a salvação! Apesar da variedade de produtos que são comercializados nestes locais, a alimentação ainda é o foco. Entretanto, essa realidade vem mudando, já que o mercado de lojas de conveniência vem se diversificando cada vez mais e investindo em tecnologia para oferecer um serviço diferenciado aos seus clientes.
As novas soluções tecnológicas adotadas, muitas delas voltadas para criar uma melhor experiência das pessoas nesses estabelecimentos, também ajudam, e muito, os donos das lojas, segundo explica Leonardo Orsi (foto), diretor do segmento de postos da Linx, empresa especializada em softwares de gestão.
“Em geral, o dono da loja de conveniência também é proprietário do posto. Então, ele busca tecnologias para atrair os consumidores. O objetivo é evitar pontos de atritos para o cliente, ou seja, fila para pagar, ou fila para pedir o produto. A gente já consegue resolver esses problemas com tecnologias como totens de autoatendimento, pedido para o food service por meio de tablets, pagamentos pelo celular…”, destaca o diretor.
De acordo com Orsi, a tecnologia também pode contribuir para a fidelização. “Conseguimos entender o comportamento do consumidor por meio de suas últimas compras. Por exemplo, o cliente X vem à loja de conveniência todas as terças-feiras, no verão, comprar suco. Desta forma, é possível criar promoções personalizadas”, explica.
O futuro de um mercado promissor
Outro ponto muito importante que pode ser impactado positivamente por soluções mais modernas é o pagamento. Segundo Orsi, quando o cliente abastece o carro e o frentista traz a máquina de débito ou crédito até ele, isso se torna prático para o consumidor, que não precisa sair do carro. Caso a transação não tenha integração direta do sistema de PDV (Ponto de Venda) com a maquininha de cartões, o varejista fica vulnerável a valores irregulares, que podem ser diferentes daquele que foi cobrado. Já quando é utilizado o terminal de pagamento com fio, que emite o documento fiscal, o cliente é obrigado a sair do carro. Esse impasse já pode ser resolvido com as novas tecnologias.
“Ou o dono do posto prioriza o cliente, ou tenta evitar a fraude. Hoje temos uma solução móvel integrada à Secretaria de Fazenda, que permite a emissão do cupom fiscal, sem que o cliente precise sair do carro. Essa tecnologia é inédita para o segmento e foi criada para levar conveniência, segurança e integração à gestão de negócios que possuem grande volume diário de movimentações. Ela funciona da seguinte forma: o valor do abastecimento no display da bomba é enviado automaticamente para o software, que emite o cupom fiscal na mesma hora e garante total transparência ao dono de posto. Como essa operação é toda realizada no mesmo dispositivo, que detém tecnologia de ponta, ela proporciona mais rapidez e eficiência”, explica o diretor da Linx.
Pedidos de lanche por aplicativo
E o futuro avança cada vez mais rápido. De acordo com Orsi, já há lojas piloto onde é possível fazer pedidos de lanche por aplicativo, ser avisado quando ele estiver pronto, entrar e sair na loja por meio de código de acesso, e realizar o pagamento pelo celular. “O país que tem modelos de negócio mais maduros nesse segmento é a China. Lá existem mais de 100 pequenas lojas sem funcionários. No Brasil, já tem a tecnologia, mas os donos das redes ainda precisam criar modelos de negócio para tornar os processos viáveis”, frisa o diretor.
De acordo com Eduardo Serpa (foto), gerente de Mercado, Comunicação e Lojas de Conveniência da Plural (Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência), a tecnologia traz uma experiência agradável para o cliente, com mais facilidade na conclusão da compra, otimização do tempo e promoções. Além disso, contribui também para a gestão da loja, aprimorando o controle do ciclo de vendas e gerando mais rentabilidade.
Segundo dados da Plural, o faturamento do mercado de lojas de conveniência em 2017 chegou a R$ 7,4 bilhões, 3,2% a maior do que no ano anterior. “O Brasil tem 42.112 postos e 7.900 lojas de conveniência. Há um potencial de crescimento do negócio no país. No passado, as pessoas iam aos postos apenas para abastecer. Hoje, estes estabelecimentos foram reinventados e funcionam como postos de serviços, onde os consumidores encontram farmácias, bancos, padarias, petshops. A experiência de consumo mudou bastante”, completa.
Por Alessandra de Paula

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