Petrobras ajusta regras para venda de refinarias

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Fonte: Valor Online

A Petrobras ajustou as regras do processo de desinvestimentos de suas refinarias, para ampliar o número de potenciais compradores para suas unidades de menor porte. A companhia abriu oficialmente, na sexta-feira, a venda de quatro de suas cinco menores unidades: a Regap (Betim/MG), Reman (Manaus/AM), Lubnor (Fortaleza) e a Unidade de Industrialização do Xisto (São Mateus do Sul/PR).
Essas unidades fabris fazem parte do segundo pacote de ativos de refino colocados à venda pela companhia. Em junho, a empresa já havia lançado no mercado um primeiro ciclo de desinvestimentos no setor, com as unidades mais atrativas – a Rnest (Ipojuca/PE), a Refap (Canoas/RS), a Repar (Araucária/PR) e a Rlam (São Francisco do Conde/BA).
Na ocasião, a estatal definiu, como critério, que só poderiam participar das negociações empresas do setor de óleo e gás com receita anual mínima de US$ 3 bilhões ou investidores com pelo menos US$ 1 bilhão em ativos sob gestão ou controle. O mesmo critério foi mantido para a venda da Regap, mas as exigências foram reduzidas para os ativos de menor porte.
Para o processo de vendas da Reman e Lubnor, poderão participar das negociações companhias do setor de óleo e gás com receitas mínimas de US$ 100 milhões ao ano e investidores com ao menos US$ 100 milhões em ativos sob sua gestão ou controle. Já para a SIX, será permitida participação de empresas com receita anual mínima de US$ 20 milhões.
A Reman, a Lubnor e a SIX são os três menores ativos do parque de refino da Petrobras. Em 2018, por exemplo, a refinaria amazonense e a planta cearense responderam por menos de 4% do petróleo processado no mercado brasileiro. Ao todo, a companhia opera 13 unidades, mas se comprometeu, junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a vender oito de suas unidades. O plano de desinvestimentos das refinarias responde por metade da capacidade instalada da petroleira.
A intenção é concentrar sua atuação no eixo Rio de Janeiro-São Paulo. A empresa manterá a Replan (Paulínia/SP), a maior refinaria do mercado brasileiro, a Revap (São José dos Campos/SP), RPBC (Cubatão/SP), Recap (Capuava/SP) e a Reduc (Duque de Caxias/RJ).
Os potenciais candidatos à compra das unidades do segundo ciclo de desinvestimentos do refino (Regap, Reman, Lubnor e SIX) terão até 8 de novembro para notificar formalmente a Petrobras sobre o interesse em avançar com o negócio. Para as quatro primeiras unidades colocadas à venda (Rnest, Refap, Repar e Rlam), os candidatos têm até hoje para notificar a estatal sobre o interesse, e até o próximo dia 27 para assinar o acordo de confidencialidade necessário para participar do processo.
Segundo uma fonte, mais de 20 empresas manifestaram interesse pelas quatro primeiras refinarias colocadas à venda pela estatal. Entre as empresas que assinaram termos de confidencialidade que garantem o acesso aos dados das refinarias, estão desde as grandes petroleiras globais a tradings e distribuidoras de combustíveis. PetroChina, Glencore, Vitol, Ultrapar e Raízen são alguns dos nomes que monitoram o plano de desinvestimentos em refino da estatal.

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