Valor Econômico
Eventual reentrada da Petrobras no negócio envolveria uma participação da petroleira no desenvolvimento do biocombustível
Refinaria Mataripe, antiga RLAM — Foto: Agência
Petrobras A Petrobras estima que, até o fim do primeiro semestre, terá um resultado mais claro sobre a análise de possível retorno da companhia à Refinaria de Mataripe. As informações foram passadas nesta terça-feira (14) pelo diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Sérgio Caetano Leite.
Segundo ele, em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, os “indicativos” sobre um eventual retorno à refinaria, que hoje é controlada pela Acelen, do fundo árabe Mubadala, são positivos, mas as análises ainda estão em andamento.
“Existe uma questão afetiva sobre possível retorno à Refinaria de Mataripe, mas precisamos deixar de lado”, disse Leite. O executivo salientou que o Mubadala possui uma proposta “interessante” para produção de combustível de aviação renovável (SAF, na sigla em inglês), a partir da macaúba, vegetal regional muito encontrado na Bahia.
A eventual reentrada da Petrobras no negócio envolveria uma participação da petroleira no desenvolvimento do biocombustível. “Decisões sobre retorno à refinaria e sobre o biorrefino são isoladas e independentes”, destacou Leite.
Os investimentos no projeto somam cerca de R$ 12 bilhões em dez anos.