Agência Brasil
O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, informou na quinta-feira (15), que a companhia irá investir R$ 3 bilhões na conversão de três refinarias existentes para produção de Diesel R e BioQAV, os chamados combustíveis de última geração resultado do coprocessamento de óleo fóssil e vegetal.
Tolmasquim disse que as unidades a serem convertidas a partir desse investimento são as refinarias de Paulínia (Replan) e Cubatão (RPBC), ambas de São Paulo, e a refinaria Duque de Caxias (Reduc). A conversão dessas unidades já estava nos planos da gestão anterior e permanece mantida pela diretoria executiva do presidente Jean Paul Prates.
Tolmasquim ressaltou que a Repar já produz os novos combustíveis, com porcentual renovável entre 5% e 7%, o que deve se repetir na Replan e na Reduc. Em Cubatão, disse, a Petrobras se prepara para trabalhar com óleo vegetal em 100% da operação, de acordo com publicação do jornal O Estadão.
Ele destacou que o investimento de R$3 bilhões já estava aprovado e que as ações estarão contempladas no montante de 6% a 15% do Capex total definido este mês para investir em descarbonização nos próximos cinco anos. Ele disse que a adaptação das refinarias é um processo que “não vai levar muito tempo” e defendeu os novos combustíveis não só pelo potencial verde, porém, também porque os motores dos veículos aceitam 100% do novo combustível, ante a limitação relacionada ao biodiesel tradicional.
Tolmasquim disse ainda que a Petrobras tem planos de aumentar a tecnologia de captura de carbono para fazer dela uma nova unidade de negócios, com a prestação de serviços para outras empresas com alta emissão de carbono. Ele aponta um projeto-piloto de captura do C02 resultante do tratamento de gás natural na unidade de Cabiúnas, que será armazenado em um aquífero salino à costa do Rio de Janeiro.
Queremos fazer CCUS mais próximo da costa. Vamos tentar, no futuro, prestar esse serviço (CCUS) para outras empresas”, disse. Na mira da Petrobras estão não só outras petroleiras, mas também indústrias como a cimenteira e de siderurgia, com alta taxa de emissões de gases do efeito estufa.