Petrobras vê produção de petróleo cair 5% em maio

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Fonte: Valor Econômico

A Petrobras registrou, em maio, o seu pior desempenho operacional desde a eclosão da crise econômica global desencadeada pela pandemia da covid-19. A produção de petróleo da estatal, no Brasil, caiu 5,4% no mês passado, na comparação com abril. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a petroleira brasileira produziu em maio, na média, 2,045 milhões de barris diários – o menor patamar mensal apurado pela companhia desde junho de 2019.
Os últimos dois meses foram os mais críticos para a indústria petrolífera desde o início da pandemia, do ponto de vista da demanda global pela commodity. Num primeiro momento, a Petrobras conseguiu compensar o declínio do mercado doméstico com recordes de exportação de óleo cru em abril, quando a empresa exportou 1 milhão de barris/dia. O cenário, porém, não se repetiu em maio.
O desempenho operacional da empresa foi puxado para baixo pela queda dos volumes dos dois principais ativos da petroleira, no pré-sal: o campo de Lula, cuja produção recuou 14% no mês passado, para 888 mil barris/dia; e Búzios, que produziu 471 mil barris/dia (-8,3%). Questionada se os dois campos foram impactados por casos de covid-19 em alto mar ou pela falta de compradores, a Petrobras preferiu não comentar. Segundo o último boletim mensal da ANP, a plataforma Cidade de Mangaratiba, que opera em Lula, ficou parada nos primeiros nove dias de maio, por efeitos da pandemia.
Já a produção de gás natural da companhia recuou 7,5% em maio, frente abril, para 88,9 milhões de metros cúbicos diários. Com isso, a produção de óleo e gás da Petrobras totalizou 2,604 milhões de barris diários de óleo equivalente, ou seja, 74,4% do volume da produção nacional – de 3,484 milhões de BOE/dia em maio.
No acumulado do ano, contudo, a Petrobras tem conseguido manter a curva de crescimento de suas operações. A empresa acumula uma alta de 13,3% na produção de petróleo, ante igual período do ano passado. Segundo a ANP, a companhia produziu uma média de 2,170 milhões de barris/dia nos cinco primeiros meses do ano.

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