Fonte: Isto É
Os preços do petróleo passaram a subir nesta manhã em meio a um dólar mais fraco em relação a moedas fortes e após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevar a previsão de demanda para este ano.
Às 8h28 (de Brasília), o barril do Brent para julho subia 0,35% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 77,39, enquanto o do WTI para junho avançava 0,17% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 70,83.
A Opep informou hoje que sua produção cresceu levemente no mês passado, enquanto a oferta global continuou avançando com mais força.
Em relatório mensal divulgado nesta manhã, a Opep disse que teve aumento de 12 mil barris por dia (bpd) na produção de abril ante março, para 31,9 milhões de bpd. O resultado se deveu basicamente a ganhos na produção da Arábia Saudita - maior exportador mundial e líder informal do cartel - e da Argélia.
No entanto, o cartel elevou sua projeção de aumento na demanda mundial por petróleo este ano, em 25 mil bpd, e disse que, em março, os estoques comerciais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCED) estavam apenas 9 milhões de barris acima da média em cinco anos.
Outro fator que contribui para a elevação da commodity é o dólar mais fraco ante moedas fortes. No horário acima, o euro subia a US$ 1,1988, ante US$ 1,1948 no fim da sexta-feira.
Mais cedo, o petróleo recuava, reduzindo os ganhos acentuados da semana passada, com os investidores reagindo a uma robusta contagem de plataformas nos EUA, que subiram em 10 na semana passada, para 844 plataformas - o maior número desde março de 2015, informou a Baker Hughes. Embora o petróleo opere em alta, esta informação ainda pesa no mercado e limita os ganhos da matéria-prima.
Enquanto isso, "a questão das sanções ao Irã provavelmente impedirá uma queda mais pronunciada", disseram os analistas do Commerzbank em nota. Enquanto o Irã deu aos países europeus uma janela de dois meses para garantir que o acordo nuclear permanecerá intacto, o assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, disse no domingo que os EUA estão preparados para impor sanções a empresas europeias se seus governos não atenderem a demanda do presidente americano, Donald Trump, para parar de lidar com o Irã.