Petróleo sobe mais de 1% com possível extensão de cortes na oferta da Opep+

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Valor Econômico

O petróleo fechou em alta forte nesta terça-feira (27), em meio à possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estenda os cortes de oferta adotados no ano passado para além do primeiro trimestre de 2024, conforme disseram fontes ligadas ao grupo a veículos da imprensa internacional.

O petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para abril avançou 1,66%, a US$ 78,87 por barril. Já o petróleo Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 1,36%, a US$ 83,65 por barril.

De acordo com fontes ligadas à organização, a entidade pode considerar estender os cortes voluntários de produção acordados no ano passado, de forma a continuar dando apoio aos preços, em um ano em que se espera uma redução no crescimento da demanda global por petróleo.

As discussões em torno da política de cotas da Opep+ deixaram em segundo plano as negociações em prol de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo a Reuters, rebeldes houthis e membros do Hezbollah afirmaram que podem repensar a ofensiva no Oriente Médio caso Israel concorde em suspender os bombardeios na Palestina.

O alto grau de incerteza no mercado de petróleo deve fazer com que que os preços da commodity energética continuem voláteis no curto prazo, ainda que Brent deva ficar na faixa entre US$ 80 e US$ 85 por barril, diz David Fyfe, economista-chefe da Argus Media.

Segundo ele, o foco deve ficar sobre os riscos ligados à oferta, por causa de uma desaceleração do crescimento econômico da China neste e no próximo ano e de um potencial aperto da oferta russa, considerando as sanções impostas ao país e os ataques de forças da Ucrânia à infraestrutura petrolífera russa. Ao mesmo tempo, eleições em todo o mundo devem ter implicações para a política energética global. “Isso diz para mim que 2024 será um ano bem desafiador e volátil”, pontua Fyfe.

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