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As distribuidoras de combustíveis no Brasil estão em busca de novas fontes de suprimento de diesel após as sanções impostas pelo Reino Unido a uma empresa russa de comercialização, a 2Rivers (antiga Coral Energy Group).
Segundo a Folha de S. Paulo, o Brasil importa cerca de 20% do diesel que consome e, deste total, cerca de 80% é fornecido atualmente pela 2Rivers, citando dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Para efeito de contexto, aproximadamente 25% da demanda interna brasileira é suprida por importações, enquanto o restante vem de refinarias locais — sobretudo da Petrobras (PETR4).
O Goldman Sachs avalia a notícia como negativa, pois uma fonte de suprimento mais cara pode acirrar o ambiente competitivo, uma vez que a eventual substituição do diesel russo — tradicionalmente mais barato — pelo produto da Costa do Golfo tende a reduzir a competitividade das maiores distribuidoras.
Segundo o Goldman, isso pode levar a margens pressionadas e/ou perda de participação de mercado, somando-se a outros fatores adversos previstos para o segundo trimestre, como perdas de estoque (em função dos recentes cortes de preços promovidos pela Petrobras) e a continuidade do efeito de excesso de oferta observado no primeiro trimestre.