Silveira debate com a indústria plano de redução de preços do gás natural

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12/06/2025
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Um dos instrumentos propostos pelo governo é o leilão de gás da União

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BRASÍLIA — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG) recebeu nesta quarta-feira (11/6) CEOs de empresas e presidentes de associações que representam grandes consumidores de gás para apresentar os próximos passos do programa Gás para Empregar (veja a apresentação .pdf).

O foco é a redução dos preços para o consumidor final e um dos instrumentos propostos pelo governo é o leilão de gás da União.

Simulação apresentada pelo ministro, com base em estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estimou que o preço da molécula pode ter uma redução de até 58%, saindo do valor máximo praticado, considerando os investimentos já amortizados e remuneração adequada.

A projeção, assim, é que o custo tem potencial de cair de US$ 16,10 para US$ 6,71 por milhão de BTU (MMBtu).

O cenário atual apresentado pelo grupo de trabalho do Gás para Empregar mostra um custo superior a US$ 12 apenas com a infraestrutura, sendo US$ 8,58 com o gasoduto de escoamento e com a unidade de processamento de gás natural (UPGN).

Silveira tornou a criticar o custo de acesso às infraestruturas, em especial dos gasodutos de escoamento da Petrobras.

“Não tem explicação para o Brasil pagar o custo que se paga hoje. Mas eu acho que há uma porta aberta para avançar nessa questão da política do gás, não só na utilização desses ativos, não só de escoamento e estação de tratamento, mas rediscutir o preço do transporte e da distribuição”, disse.

Conforme os cálculos do MME, a Pré-Sal Petróleo (PPSA) vende o gás natural da União a US$ 1,50 para a Petrobras, que chega à costa por US$ 14.

A pasta aponta como empecilho para o gás competitivo os preços cobrados pelo consórcio do sistema integrado de escoamento (SIE), formado pela Petrobras, Repsol, Galp e Shell —, e pelo sistema integrado de processamento (SIP), somente da Petrobras.

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