StoneX: Diesel importado pelo Brasil atinge maior nível em 7 meses em maio

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CNN Brasil

As importações de diesel pelo Brasil alcançaram em maio seu maior volume desde outubro de 2024, diante de menor produção, aumento da demanda interna e uma janela de compras no início do mês, segundo avaliação do analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Bruno Cordeiro, nesta sexta-feira (6).

O volume das compras externas do país somou 1,48 bilhão de litros em maio, alta de 36,5% ante o mesmo mês de 2024 e leve aumento de 0,2% em relação a abril, segundo dados publicados pelo governo.

No acumulado anual, as importações somam 6,62 bilhões de litros, 21% superior ao observado nos primeiros cinco meses do ano passado.

“A Rússia se manteve como principal fornecedora, mas reduzindo sua participação no volume total frente ao mês anterior, de 74% para 60%”, disse Cordeiro, em nota.

Os EUA, segundo principal vendedor de diesel ao país, também viram uma diminuição na participação (de 26% para 21%), com países do Oriente Médio, como Omã e Arábia Saudita, aumentando os fluxos do combustível enviado ao mercado brasileiro, com cada um representando 8% do total internalizado pelo Brasil, explicou.

Gasolina

As importações de gasolina alcançaram 284 milhões de litros em maio, marcando uma forte recuperação frente a abril, de 137%, mas se mantendo 7,6% abaixo do volume observado no mesmo período de 2024, pontuou Cordeiro.

“A manutenção de uma janela aberta para internalização do combustível ao longo do mês passado e o aumento das vendas de gasolina C no mercado doméstico auxiliaram na melhora dos resultados”, disse o especialista.

“Um fator que chamou a atenção em abril e pode ter influenciado nesse cenário se dá na queda da produção do combustível pelas refinarias brasileiras, de 9,7% no comparativo sazonal, fator que, caso tenha se mantido em maio, pode ter sido um motivador para a ampliação das compras no exterior.”

Já em relação às origens das compras externas, os Estados Unidos se apresentaram como o maior fornecedor de gasolina, com 22% do mercado, seguido por Espanha (20%), Rússia (19,5%) e Países Baixos (14,5%). “Aqui, vale destacar a perda da participação dos Países Baixos, que em abril havia representado 43,8% do share, seguido por EUA (18,6%) e Rússia (16%)”, completou a StoneX.

(Reuters)

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