EPBR
A Comissão Europeia apresentou hoje (1/2) seu green deal para a indústria, um esforço para dar competitividade ao setor produtivo do bloco — e fazer frente ao pacote verde bilionário de Joe Biden nos EUA.
A intenção é proporcionar um ambiente “mais favorável” à expansão da capacidade de produção de tecnologias e produtos descarbonizados para atender a demanda e as metas climáticas da Europa, diz o comunicado.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), o mercado global para as principais tecnologias de energia limpa fabricadas em massa valerá cerca de US$ 650 bilhões por ano até 2030 — mais de três vezes o nível atual. Enquanto os empregos no setor devem mais do que dobrar.
A estratégia lançada nesta quarta tem quatro pilares: simplificação do ambiente regulatório, agilidade no acesso ao financiamento, aprimoramento de habilidades e acordos comerciais para cadeias de suprimentos.
É um complemento ao European Green Deal, lançado em 2019, e ao REPowerEU, criado no ano passado para responder à crise de energia causada pela guerra Rússia-Ucrânia.
“Um melhor acesso ao financiamento permitirá que nossas principais indústrias de tecnologia limpa cresçam rapidamente”, comentou a presidente da comissão, Ursula von der Leyen.
Simplificação regulatória e acesso ao financiamento são duas demandas do mercado europeu, que vinha sinalizando o risco de migração de investimentos aos Estados Unidos para surfar a onda da Lei de Redução de Inflação (IRA).
Com o green deal industrial, a comissão propõe uma Lei da Indústria Net-Zero para identificar metas de produção e descomplicar o licenciamento de projetos carbono zero, acelerando instalações.
Prevê ainda a Lei de Matérias-Primas Críticas. A intenção aqui é garantir acesso suficiente a materiais cruciais para a fabricação de tecnologias como painéis fotovoltaicos, turbinas eólicas, baterias e hidrogênio de baixo carbono — e, claro, ofertar esses produtos a custos mais baixos.