Fonte: O Estado de S. Paulo
Sonia Racy
A recente peregrinação de usineiros a Brasília, para conversar com Bolsonaro, perdeu a razão de ser. Queriam, e quase conseguiram, arrancar do governo um aumento da Cide na gasolina – com intuito de que o etanol se tornasse mais competitivo nas bombas.
Pelo que se apurou, avisado pela ala liberal do governo, Bolsonaro deu um chega para lá na turma do etanol. Mas, mesmo assim, não conseguiu que desistissem totalmente da ideia.
A gasolina, vendida nas refinarias, chegou a acumular queda de preço de 52% no ano, até o início de maio. Isso fez crescer sua competitividade em relação ao etanol.
Em maio, porém, a gasolina voltou a subir nas refinarias. No acumulado do mês, as elevações anunciadas pela Petrobras acumulam uma elevação de 38%.
A competitividade do etanol, segundo matemática do setor, é viável com preço nos postos em até 70% do cobrado na compra de gasolina. Hoje, segundo dados da ANP, o produto está a 64% em São Paulo. Isto é, abaixo do limite traçado.