Entenda por que a ANP definiu novos padrões para a gasolina à venda no Brasil

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Fonte: Folha de S.Paulo

O proprietário abastece seu carro toda a semana no mesmo posto, mas um dia percebe que o consumo entre um tanque e outro aumentou, apesar de o veículo estar em ordem e a rotina diária ter sido mantida.
Adulteração? Nem sempre. O problema pode estar nas especificações do combustível, muitas vezes importado, adquirido pelo revendedor. Sem padronização, surgem diferenças que prejudicam o consumo e a eficiência energética dos motores. Por isso a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) promove mudanças na legislação.
A partir de agosto, a gasolina comum que será fornecida aos postos no Brasil deverá se enquadrar em novas normas. Sua massa específica, ou densidade, terá um padrão mínimo e deverá render mais. Porém, o preço tende a ser maior.
Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), diz que a evolução dos motores —pautada por regras ambientais— precisa ser acompanhada pela melhora da gasolina. Sem isso, não é possível reduzir as emissões de poluentes.
Além da poluição, gasolina de baixa qualidade aumenta o risco de defeitos. Segundo Gonçalves, algumas montadoras tiveram problemas com detonação: a explosão da mistura ar-combustível ocorria de forma desordenada, e houve casos de quebras graves e caras.
Durante testes, a AEA verificou que a baixa densidade era uma das causas do mau funcionamento, por isso a necessidade de criar um padrão. Pela nova regra, a massa específica deverá ser de, no mínimo, 715 kg/m³. E a medição de octanagem também vai mudar.
O número de octanas determina o quanto o combustível é resistente à detonação, e um valor abaixo do necessário também leva a falhas de funcionamento e quebras. O Brasil passa a adotar a classificação RON (sigla em inglês para número de octanas por método de pesquisa), o mesmo padrão usado na maior parte do mundo. Para ler esta notícia, clique aqui.

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