Governo descartou reduzir mistura de biodiesel para conter alta do diesel, diz Aprobio

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Globo Rural

Em reunião com representantes do setor de biodiesel, o governo federal descartou, nesta quarta-feira (10/3), a possibilidade de reduzir o percentual de mistura obrigatória do biocombustível ao diesel fóssil como forma de fazer frente à alta dos preços no mercado interno. A informação foi divulgada pela Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), em nota. A redução da mistura havia sido pleiteada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na semana passada.
“Reafirmamos com veemência que a posição do Governo, manifestada por mim e pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, é de defesa dos biocombustíveis”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, segundo o divulgado pela Abrobio.
Além da entidade, o encontro teve a participação de políticos da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), informa o comunicado.
O pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT) era de um corte de 50% no mandato estabelecido no país, de 13%. Nas contas da CNT, se a mistura de biodiesel no diesel caísse a 7%, o preço combustível recuaria 4,1%. Caso a mistura fosse reduzida para 6%, o recuo seria de 4,8%.
Representantes dos produtores de biocombustíveis reagiram. Em suas redes sociais, a Abiove afirmou que a CNT tentou “transferir para outro setor a responsabilidade de corrigir aumentos de preços no diesel que decorrem do valor internacional do petróleo e da desvalorização do real frente ao dólar”
Na avaliação da Aprobio, a manifestação do governo, feita nesta quarta-feira, tira “qualquer dúvida sobre o risco de redução da mistura de biodiesel no diesel”. “Agradecemos a sensibilidade do Governo e reafirmamos o compromisso do setor de continuar com os planos de investimentos no crescimento da produção, beneficiando toda a cadeia do agronegócio envolvida e gerando empregos”, afirmou o presidente do conselho de administração da entidade, Erasmo Carlos Battistella.

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