Grupo Ultra segue atento a oportunidades de aquisição

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Fonte: Valor Online

Após um ano marcado pela compra da concorrente Alesat Combustíveis, pelo acordo com a Chevron para unir os ativos de lubrificantes em uma nova empresa que nasce vice-líder de mercado e pela possível aquisição da Liquigás Distribuidora (da Petrobras), o grupo Ultra segue atento a novas oportunidades de negócio. Em encontro com investidores em São Paulo, o presidente da Ultrapar, Thilo Mannhardt, ponderou que o grupo preza pela solidez financeira, mas não perderia uma boa oportunidade se ela adicionar valor. A companhia, ressaltou, seguirá “diligente” na escolha das oportunidades e uma grande compra, como a da Alesat, não a impediria de ir adiante em outros negócios se houver "boa oportunidade" que reforce sua estratégia. "Além da Alesat e possivelmente outras aquisições de porte que estão em negociação e podem vir a acontecer, olhamos oportunidades de reforço da estratégia em cada um dos negócios", explicou o executivo. "Em todos os negócios, estamos sempre atentos a oportunidades". Aos investidores, Mannhardt disse que a Ultrapar olha possibilidades no varejo farmacêutico - circularam informações de que o grupo poderia levar a rede de farmácias Big Ben, da Brasil Pharma -, mas não há nenhum negócio engatilhado. Neste momento, a avaliação da dona da Extrafarma é a de que os ativos estão caros. Sobre as negociações para compra da Liquigás, afirmou que não poderia falar em prazos, uma vez que a conclusão do negócio depende de duas partes, mas ressaltou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) será o regente da transação, caso ela seja efetivada. "A Liquigás vai demandar atenção do Cade", observou. Já em relação à aquisição da rede Ale, anunciada em junho por R$ 2,17 bilhões, Mannhardt afirmou que esse passo demonstra a confiança e o compromisso do grupo com o setor de combustíveis. "A aquisição da Alesat trará complementaridade geográfica para a Ipiranga, sobretudo na região Nordeste", disse. De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da Ultrapar, André Pires, a tendência de evolução para a Ipiranga no quarto trimestre é parecida com a dos trimestres recentes, exceto pelos efeitos de ajustes de preços, que subiram no ano passado e já foram reduzidos duas vezes nos últimos meses. "Estamos implementando medidas ao longo de novembro e dezembro para mitigar esse efeitos", afirmou. Em 2017, a expectativa é a de que a melhora gradual do ambiente econômico será positiva para o mercado de combustíveis. A nova política de preços da Petrobras, acrescentou Pires, inviabiliza a vantagem de distribuidores independentes com a importação, de forma que o modelo de negócios das redes associadas ao Sindicom e da Ipiranga será beneficiado. O presidente do grupo Ultra comentou ainda que a associação com a Chevron na área de lubrificantes, anunciada em agosto, será capaz de "gerar valor significativo a partir de um ativo relativamente pequeno dentro do Ultra, sem desembolso de caixa". O projeto surgiu com a discussão sobre o futuro da área de lubrificantes dentro da Ipiranga e a joint venture, contou, colocou-se como opção que proporcionaria escala e complementaridade. A Ultrapar terá participação de 56% na nova empresa.

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