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Reuters 

As importações de gasolina pelo Brasil alcançaram 284 milhões de litros em maio, marcando uma forte recuperação frente a abril, de 137%, mas se mantendo 7,6% abaixo do volume observado no mesmo período de 2024, segundo o analista de inteligência de mercado da StoneX, Bruno Cordeiro, nesta sexta-feira, 6.

“A manutenção de uma janela aberta para internalização do combustível ao longo do mês passado e o aumento das vendas de gasolina C no mercado doméstico auxiliaram na melhora dos resultados”, disse o especialista.

Ele complementa: “Um fator que chamou a atenção em abril e pode ter influenciado nesse cenário se dá na queda da produção do combustível pelas refinarias brasileiras, de 9,7% no comparativo sazonal, fator que, caso tenha se mantido em maio, pode ter sido um motivador para a ampliação das compras no exterior”.

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Em relação às origens das compras externas, os Estados Unidos se apresentaram como o maior fornecedor de gasolina, com 22% do mercado, seguido por Espanha (20%), Rússia (19,5%) e Países Baixos (14,5%). “Aqui, vale destacar a perda da participação dos Países Baixos, que em abril havia representado 43,8%, seguido por EUA (18,6%) e Rússia (16%)”, completou a StoneX.

Diesel atinge maior nível em sete meses

Já as importações de diesel alcançaram em maio seu maior volume desde outubro de 2024, diante de menor produção, aumento da demanda interna e uma janela de compras no início do mês, relata Cordeiro.

O volume das compras externas do país somou 1,48 bilhão de litros em maio, alta de 36,5% ante o mesmo mês de 2024 e leve aumento de 0,2% em relação a abril, segundo dados publicados pelo governo.

No acumulado anual, as internalizações somam 6,62 bilhões de litros, 21% superior ao observado nos primeiros cinco meses do ano passado. “A Rússia se manteve como principal fornecedora, mas reduzindo sua participação no volume total frente ao mês anterior, de 74% para 60%”, disse Cordeiro, em nota.

Os EUA, segundo principal vendedor de diesel ao país, também viram uma diminuição na participação (de 26% para 21%), com países do Oriente Médio, como Omã e Arábia Saudita, aumentando os fluxos do combustível enviado ao mercado brasileiro, com cada um representando 8% do total internalizado pelo Brasil, explicou.

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