Fonte: O Globo
Na madrugada desta segunda-feira, um incêncio paralisou as operações da Refinaria de Paulínia (Replan), da Petrobras, no interior de São Paulo. De acordo com a XP Investimentos, a estatal terá um prejuízo de cerca de R$ 100 milhões por cada dia em que o funcionamento da refinaria for interrompido.
De acordo com o site da estatal, a Replan é a maior refinaria em capacidade de processamento de petróleo: 69 mil m³/dia, o equivalente a 434 mil barris. Sua produção corresponde a aproximadamente 20% de todo o refino de petróleo no Brasil, processando quase a sua totalidade de petróleo nacional, grande parte sendo da Bacia de Santos (pré-sal).
Acidente sem feridos
De acordo com informações divulgadas pela Petrobras, o incêndio na Replan foi controlado pelo Corpo de Bombeiros e nenhuma pessoa foi ferida. Além disso, uma comissão será instaurada para avaliar as causas do incêndio.
A Petrobras comunicou que o acidente em Paulínia não representará impacto imediato no abastecimento. De acordo com a petroleira, há estoque e a produção das demais refinarias para garantir a oferta de combustíveis aos seus clientes.
O incêndio atingiu parte de uma das unidades de craqueamento catalítico e de uma das unidades de destilação atmosférica, que fazem parte do processo de refino de petróleo, mas a extensão dos danos ainda passará por avaliação detalhada. A produção foi preventivamente paralisada e a companhia está avaliando o prazo para retorno das demais unidades não afetadas pelo incêndio.
O acidente também reflete no mercado acionário. No Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de São Paulo, tanto as ações ornidárias (ON, com direito a voto) quanto as PN (preferenciais, sem direito a voto), operam com desvalorização. Na manhã desta segunda os papéis caiam 0,76% e 0,26%, respectivamente.