Lojas de conveniência aderem ao delivery

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Fonte: Diário do Comércio

Por serem classificados como essenciais para a sociedade, os postos de combustíveis e serviços seguem funcionando normalmente durante a pandemia de Covid-19 no Brasil.
Porém, com menos pessoas circulando nas ruas e muitos profissionais trabalhando em home office, esses estabelecimentos registraram queda nas vendas de produtos tradicionais.
Diante de um quadro de crise, no entanto, empresários buscam se reinventar para diminuir o impacto, seja por meio de delivery nas lojas de conveniência ou na oferta de serviços diferenciados. Exemplo disso são os postos de bandeira Ale, quarta maior distribuidora de combustíveis do País.
Proprietário de quatro postos Ale em Minas Gerais, o empresário Carlos Eduardo Campolina avalia que o momento exige criatividade e conexão com os clientes para os pequenos empreendedores conseguirem mitigar os efeitos da crise. “A chave é descobrir quais são as novas necessidades que surgem em tempos de coronavírus”, declara.
Pensando nisso, ele implementou o serviço de delivery nas lojas de conveniências de três postos. “Já que o isolamento social impede as pessoas de virem até o nosso negócio, a solução é irmos até elas. Na loja do bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte, por exemplo, conseguimos dobrar o faturamento com a implantação do delivery”, comenta.
Entre os produtos que fazem sucesso com a clientela, ele destaca o famoso pão de queijo caseiro comercializado na loja.
Leopoldo Santos, da rede de postos Natureza, em São Luís (MA), é outro revendedor Ale que viu na implantação do delivery uma oportunidade para driblar a crise. “Nós já estávamos estudando a possibilidade de entrega nas nossas lojas de conveniência e, com a crise, decidimos acelerar esse processo”, detalha. “Está sendo um sucesso; as nossas conveniências estão vendendo mais agora do que vendemos em janeiro, por exemplo”, complementa.
Mesmo sem a opção de entrega, lojas de conveniência têm demonstrado grande potencial na rentabilização dos postos de combustíveis e serviços. O revendedor Marcos Grilo, de Sorocaba (SP), é um exemplo. Ele diz que, apesar de não ter implantado o delivery nos negócios, a loja de conveniência está faturando mais neste período.
“Pessoas do bairro estão preferindo consumir na loja de conveniência, onde conseguem encontrar produtos variados em um só lugar”, destaca.
Segundo o presidente da Ale, Fulvius Tomelin, apesar da baixa no movimento, um posto tem agora a oportunidade de se consolidar como varejo de bairro para alcançar as pessoas que estão procurando evitar grandes centros comerciais. “Este é o momento para os revendedores posicionarem seus negócios como canal mais próximo da comunidade, que consegue entregar de forma rápida e está presente no dia a dia das pessoas”, pontua.
“Essa crise pode ser o agente de transformação digital das empresas, pois está nos estimulando a reinventar nossos negócios e nos adaptarmos a uma nova realidade”, complementa o diretor de Marketing e Varejo da Ale, Diego Pires. A valorização das lojas de conveniência é uma tendência.
“Atualmente, apenas 19% dos postos no Brasil possuem lojas de conveniência, enquanto no Uruguai, por exemplo, esse índice é de quase 90%. Acreditamos que é muito importante que os donos de postos se atentem para o potencial de negócios que pode ser gerado por uma loja”, ressalta. Inclusive, esse tema é abordado na série em podcast “Tanque Cheio”, criada pela Ale e disponível nas plataformas de streaming.
Fluxo de caixa – Fulvius Tomelin também destaca a importância da gestão do fluxo de caixa neste momento de crise para minimizar os impactos financeiros nos negócios. “Mais que nunca, é preciso estar atento aos gastos e fazer uma revisão do orçamento”, argumenta.
O revendedor Carlos Eduardo Campolina relata ter adotado estratégias para reduzir os custos internos. Entre as principais medidas, o empresário destaca a renegociação de valores com fornecedores para não impactar tanto as finanças neste período.
“Fizemos cortes estratégicos no orçamento, pedimos a revisão de aluguel e de outros valores, como do sistema utilizado na nossa gestão interna e do serviço de contabilidade”, explica. “Estamos buscando alternativas para nos adaptarmos, com foco principal na manutenção dos empregos”, complementa Campolina.
Neste período, a Ale reforçou a comunicação com seus revendedores e realiza videoconferências com a equipe e os donos de postos. “O que mais gostamos de fazer é estar em campo e visitar nossos revendedores pessoalmente; se isso não está sendo possível agora, estamos mantendo o diálogo virtualmente”, avalia o diretor comercial da companhia, Renato Rocha.
“Ainda há muitos caminhos que podem ser seguidos para sair desta crise e nós estamos empenhados para ajudar nossos revendedores nesse processo de retomada das atividades”, declara. (Da Redação)

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