Valor Online
A Petrobras deve reportar amanhã um novo balanço vermelho, relativo ao segundo trimestre, depois de registrar prejuízo recorde de R$ 48,5 bilhões nos primeiros três meses de 2020. A expectativa é que os resultados reflitam uma combinação de efeitos da deterioração do mercado global de petróleo, que viveu entre abril e maio seu momento mais crítico. A perspectiva entre analistas, contudo, é que o pior já passou. Ainda assim, é improvável que a estatal recupere o prejuízo do primeiro semestre e volte a pagar dividendos referentes a 2020.
Segundo a média de projeções de três bancos de investimentos consultados pelo Valor (Credit Suisse, Itau BBA e UBS), a Petrobras dever registrar no segundo trimestre queda de 32%, para R$ 18,9 bilhões, no Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), na comparação com igual período do ano passado.
O prejuízo estimado varia de R$ 8,5 bilhões (Itau BBA) a R$ 23 bilhões (Credit Suisse), revertendo o lucro de R$ 18,9 bilhões apurado no segundo trimestre de 2019.