Petroleiras e montadoras divergem em debate custoso sobre veículos elétricos

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Fonte: Reuters
Muitos fabricantes de automóveis estão prevendo uma mudança significativa em direção a veículos elétricos na próxima década. Avanços na tecnologia das baterias e o crescimento da direção autônoma e compartilhamento de viagens — adequados para veículos elétricos — vão alimentar essa expansão, argumentam eles.
Mas alguns executivos do petróleo adotam uma visão diferente, prevendo que a eletricidade vai desempenhar apenas uma pequena parte no transporte até pelo menos 2040. Se eles estão do lado errado do argumento, poderia ter um custo para uma indústria onde novos projetos geralmente custam bilhões de dólares para construir e precisam de décadas de preços do petróleo ao menos moderados para ser recompensador.
Mais de metade de todo o petróleo bruto bombeado é utilizado para o transporte. Uma perspectiva excessivamente pessimista para os carros elétricos pode levar as companhias de petróleo a adotar uma perspectiva excessivamente otimista para o crescimento do consumo e dos preços do petróleo, dizem analistas.
O presidente da italiana Eni, Claudio Descalzi, está entre aqueles que acreditam que a ameaça dos carros elétricos à indústria do petróleo não é tão significativa.
“Os carros elétricos podem crescer, mas eu não acho que isso seja um problema para nós”, disse Descalzi à Reuters paralelamente a uma conferência em Londres no último mês.
A ExxonMobil, a maior produtora ocidental de petróleo em valor de mercado, e sua rival britânica BP publicaram projeções do mercado de petróleo para 2035 e 2040, respectivamente, que guiam suas decisões de investimento.
Ambos projetam que em 2035 menos de 10 por cento dos carros novos serão veículos elétricos ou híbridos “plug-in” — carros com um motor reserva de combustão para quando a bateria se esgotar.
Fabricantes de carros não divulgam perspectivas de longo prazo comparáveis para a produção de veículos, mas suas previsões de curto prazo para fabricação de carros contemplam um crescimento muito mais rápido dos veículos elétricos.
O presidente da Daimler AG, fabricante da Mercedes Benz, Dieter Zetsche, disse em setembro que sua meta era ter a venda de veículos elétricos representando entre 15 e 25 por cento de suas vendas globais até 2025.
A BMW AG disse que poderia fazer o mesmo. O presidente da Ford, Mark Fields, disse em abril que até 2020, 40 por cento dos modelos seriam elétricos.

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