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Fonte: EPBR

Os reajustes de preços do gás natural fornecido pela Petrobras para distribuidoras regionais acumula uma redução de 35%, na média, em maio, quando comparado com os preços praticados em dezembro de 2019, afirmou, nesta quinta, o diretor executivo de Relações Institucionais da Petrobras, Roberto Ardenghy, durante entrevista na 1ª epbr gas week.
Os preços são repassados aos consumidores finais por meio da tarifa de distribuição, definida de acordo com as regras dos estados. Em São Paulo, maior mercado do país, a tarifa vai cair até 28% no interior e 14,6% na capital, em junho, após redução de 15% no valor da molécula. Mercado estadual é regulado pela Arsesp.
“O gás natural não vai aumentar sua inserção na matriz energética brasileira, se ele não tiver uma redução significativa tanto no custo da molécula, quanto na cadeia”, avaliou o executivo, ao defender medidas de abertura do mercado e a necessidade de ampliação da infraestrutura.
“O fato de nós termos uma estrutura de gás ainda muito incipiente causa um custo adicional que vai ter que ser pago por todos que usam o gás”.
Desinvestimentos
Roberto Ardenghy reforçou que a prioridade da Petrobras é a produção de óleo e gás, especialmente no pré-sal.
“Nossa tendência é desinvestir no segmento de transporte de gás. Não é nossa vocação. Nossa vocação é a produção de moléculas e venda. O meio do caminho deve ser tocado por outras empresas. Há estudos que indicam que há espaço para novas rotas do pré sal. E isso pode ser viabilizado por IPOs, abrindo oportunidades para empresas que tenham interesse em investir no escoamento”.
Na quarta (27), a empresa anunciou o início de procedimentos para acesso de produtores de gás natural às unidades de processamento (UPGNs). A primeira etapa deste processo será destinada aos produtores nacionais de gás natural, mas futuramente, em rodadas anuais, capacidades existentes serão abertas para quaisquer agentes do mercado.
“Não temos medo da competição com a abertura do mercado, somos bons no que fazemos, na produção de gás e petróleo. Há um espaço enorme no Brasil para outras empresas, e queremos continuar sendo um player importante em um ambiente competitivo. O monopólio não nos interessa. A competição ajuda a nos tornarmos mais eficientes e competitivos no mercado internacional”, afirmou Ardenghy .
Relação com a Bolívia é tranquila
Questionado sobre a crise política na Bolívia e como ela afeta a importação de gás pelo Brasil, o diretor destacou a boa relação com o país vizinho. Em novembro do ano passado, o então presidente Evo Morales renunciou ao cargo por pressão de militares e sob acusação de fraude eleitoral, dando lugar a um governo interino comandado pela senadora de oposição Jeanine Áñez.
“Temos um contrato com a YPFB com a compra de 20 milhões de m³ [por dia]. Apesar das diferenças ideológicas, nossa relação é tranquila e contratual. É um governo de transição, com eleições marcadas, reconhecido pela Brasil como legítimo. Nos damos muito bem com o governo boliviano, sem nenhum problema”.
Recentemente, a Petrobras fechou um novo adendo com a YPFB para importar um volume ininterruptível de 4 milhões de m³/dia de gás natural para o Brasil, em uma acordo para garantir produção tecnicamente mínima, para garantir a integridade dos campos.
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