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(Reuters) – Os preços do petróleo avançaram 3% na volátil sessão desta terça-feira, apoiados pelas altas em Wall Street e por um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que elevou sua projeção para a demanda pela commodity em 2020, embora os ganhos tenham sido limitados por temores de uma segunda onda de infecções pelo coronavírus.
Os contratos futuros do petróleo Brent terminaram a sessão em alta de 1,24 dólar, ou 3,1%, a 40,96 dólares por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 1,26 dólar, ou 3,4%, para 38,38 dólares o barril.
As cotações do petróleo foram impulsionadas no início da sessão pela abertura em alta dos mercados acionários norte-americanos, depois de um aumento recorde nas vendas do varejo nos EUA reacender expectativas de uma retomada econômica após a pandemia, com o entusiasmo também alavancado por resultados promissores em estudos envolvendo um esteróide no tratamento da Covid-19.
Em relatório mensal, a IEA projetou a demanda por petróleo em 2020 em 91,7 milhões de barris por dia (bpd), alta de 500 mil bpd em relação à estimativa de maio, citando consumo acima do esperado durante os “lockdowns” relacionados ao coronavírus.
Os ganhos, porém, foram limitados pelo avanço da doença, após as infecções superaram a marca de 8 milhões em todo o mundo, com uma forte expansão na América Latina, enquanto EUA e China lidam com novos surtos.
“Nas últimas duas semanas, os operadores do mercado de petróleo precificaram dois grandes ‘se’: como a oferta vai evoluir e o temor de uma segunda onda da pandemia”, disse Bjornar Tonhaugen, chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy.
“Se o mundo tratar uma segunda onda da Covid-19 como vimos na primeira metade do ano, teremos uma redução de demanda que não estava nos planos iniciais.”

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