Produção da Petrobras sobe 2%, mas pode não atingir meta para o ano

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Fonte: Valor Online

A Petrobras aumentou em 2% sua produção de petróleo no país em novembro, mas tem enfrentado dificuldades para cumprir a meta média de 2,145 milhões de barris diários em 2016. Com o atraso de um dos seus principais projetos, o campo de Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos, os recentes resultados operacionais apresentados pela estatal lançam incertezas sobre sua capacidade de atingir o volume traçado. Com produção média de 2,13 milhões de barris diários no ano, a empresa terá de dobrar, neste mês, o ritmo de crescimento da produção sobre novembro e superar, pela primeira vez, a marca dos 2,3 milhões de barris, se quiser atingir a meta. O recorde mensal até então obtido foi de 2,24 milhões de barris, em setembro. Cumprir a meta exigirá da Petrobras elevar em 4% a média de produção de dezembro, ante novembro, quando foram produzidos 2,23 milhões de barris/dia. Isso significa que terá de se esforçar para aumentar sua produção em cerca 90 mil barris diários neste mês (o equivalente à produtividade de mais de quatro poços do pré-sal) e extrair 2,32 milhões de barris. Segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a previsão é que a Petrobras encerre o ano cerca de 1% abaixo da meta. "Acho pouco provável que consiga cumprir sua meta. De qualquer forma, a empresa não deve fechar o ano com um número tão abaixo da meta", avaliou o consultor Adriano Pires, diretor do CBIE. Um dos principais motivos é o atraso de quase cinco meses na entrada em operação da plataforma Cidade de Caraguatatuba, no campo de Lapa. O FPSO (plataforma flutuante) chegou ao campo em junho, para iniciar operação em agosto, mas ainda não se confirmou por questões ambientais. Era um dos principais eventos operacionais esperados neste semestre". Em outubro, o Ibama esclareceu que ainda existiam pendências. A Petrobras não deu nenhuma nova previsão de data de início de Lapa. O pré-sal é, hoje, o principal motor de crescimento da produção da estatal. A extração de óleo operada pela companhia na camada atingiu, em novembro, a marca de 1 bilhão de barris acumulados, decorridos seis anos desde a primeira produção comercial na região. Em novembro, o volume de petróleo no pré-sal cresceu 1,5%, para 1,16 milhão de barris por dia. Isso já representa pouco mais de 40% da produção nacional.

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