Valor Econômico
Os contratos futuros do petróleo fecharam sem direção única nesta sexta-feira (11), mas encerraram a semana em forte queda, com os investidores receosos sobre os fundamentos da commodity e com um aumento dos estoques americanos de petróleo na semana passada.
O contrato do petróleo Brent para novembro fechou em queda de 0,57%, a US$ 39,83 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o do petróleo WTI para outubro anotou leve alta de 0,08%, a US$ 37,33 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York. Ambas as referência da commodity encerraram a semana com perdas próximas de 6%, diante dos temores sobre a recuperação da demanda.
Os contratos fecharam ontem em queda de quase 2%, depois que o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) reportou que os estoques de petróleo do país aumentaram em 2,033 milhões de barris na semana encerrada em 4 de setembro, depois de seis quedas semanais consecutivas. O resultado contrariou a expectativa de queda de 1,2 milhões de barris de especialistas consultados pelo “Wall Street Journal”.
Analistas apontam, no entanto, que a reação do mercado de energia poderia ter sido mais forte, mas que “o relatório mais uma vez se tornou mais confuso pelo efeito do furacão Laura”, disse Helge Andre Martinsen, analista sênior de mercado de petróleo da DNB Markets, à Dow Jones Newswires. De acordo com o analista, o relatório da semana que vem será mais importante.
Os preços da commodity também são influenciados pela perspectiva de que as margens de lucros devem permanecer sob pressão até o fim do ano ou até mesmo no primeiro semestre do ano que vem. De acordo com um relatório do Citi, a pressão sobre as margens é o resultado do retorno de um volume significativo da oferta em meio a uma fraqueza prolongada da demanda devido à pandemia.
A maioria das margens das refinarias caíram de maneira acentuada nos últimos meses globalmente, com as companhias asiáticas mal cobrindo os custos com os preços atuais. O Citi projeta que a tendência continuará no curto prazo.