Rui Costa diz que reduzir o ICMS não gera impacto real no preço do combustível e faz ataque a Bolsonaro; confira

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Governador disse que ICMS da Bahia é um dos menores do país

Governador da Bahia, Rui Costa (PT) se recusou a dar isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para reduzir o preço dos combustíveis no Estado, como sugeriram adversários políticos como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).
O motivo da recusa, segundo Rui, é acreditar que o valor de ICMS não gera um impacto real para reduzir o valor do combustível. Na Bahia, é cobrado 12% de ICMS sobre a comercialização de produtos. Ao comentar o caso em entrevista à rádio Salvador FM na manhã desta terça-feira (12), Rui aproveitou para fazer ataques contra Jair Bolsonaro.
“Mais uma vez, é um presidente que não gosta de trabalhar, não sabe trabalhar e nunca trabalhou na vida. Foi 27 anos deputado e basta pesquisar na câmara quantos projetos apresentou, quantas comissõe presidiu. Toda vez que ele é indagado, coloca a culpa em alguém. Se o gás de cozinha hoje fosse vendido a R$10, o ICMS seria de R$1,20. Porque ele representa hoje a menor taxa do Brasil, 12%. O resto é declaração mentirosa, falaciosa, de alguém que não sabe trabalhar e esquartejou a Petrobras”, disparou Rui Costa.
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O governador da Bahia afirmou que somente o investimento em refinarias pode abaixar de fato o valor dos combustíveis porque, dessa maneira, o país passaria a fazer toda a operação em cima do Petróleo que produz em real e não de maneira dolarizada, como acontece atualmente.
“O Brasil exporta mais petróleo do que consome. O Brasil produz muito mais petróleo do que ele é capaz de consumir. Ao longo de anos, principalmente nos últimos 6, 7, 8 a petrobras parou de investir no refino. Mandamos o petróleo lá pra fora, gera emprego em outros países e compramos diesel, gasolina, em outro país. Quando você compra lá de fora, compra em dólar. O dólar está caro e o preço disparou”, disse Rui Costa durante a entrevista.

‘Ou não explicaram o cálculo ao governador ou alguém está o assessorando mal’, rebate deputado sobre ICMS de combustíveis
Política Livre

O deputado estadual Tiago Correia (PSDB) rebateu a declaração do governador da Bahia, Rui Costa (PT), que disse que reduzir o ICMS não dará impacto real no preço do combustível. Na entrevista que concedeu nesta terça-feira (12) à Rádio Salvador FM, o governador afirmou que o que impacta o preço dos combustíveis é a dolarização do produto e que o ICMS cobrado no estado corresponde a somente 12% do valor total pago pelo consumidor. “Se o gás de cozinha for vendido por R$ 10, seria R$ 1,20 de ICMS”, exemplificou o petista.
“Ou não explicaram o cálculo direito ao governador ou alguém está o boicotando. Até o seu ex-secretário de Planejamento e vice-governador João Leão falou que tem impacto e que é viável a redução. Eu venho mostrando isso desde que o preço da gasolina começou a subir. O ICMS representa 1/3 do valor da gasolina, o Estado fica com 28%, é o maior sócio da Petrobras”, afirmou Tiago Correia.
Para Correia, o ideal seria reduzir o ICMS a um valor fixo, próximo a R$ 1,10, como estava há pouco mais de um ano. O valor da arrecadação hoje é cerca de R$ 2,20. “Hoje está o dobro da arrecadação. Se o governo voltasse a arrecadar o valor de há um ano, sem ter nenhum tipo de perda, o consumidor iria agradecer ao governador. Um real faz muita diferença para a população”, pontuou o parlamentar tucano.

 

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