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Fonte: Valor Online

Após iniciar a safra 2019/20 com prejuízo no primeiro trimestre, a Raízen Energia, divisão sucroalcooleira da joint venture entre Cosan e Shell, voltou ao azul e tem a expectativa de que seus resultados serão ainda melhores na segunda metade do ciclo. A companhia teve lucro líquido de R$ 79,6 milhões de julho a setembro, ante um prejuízo líquido de R$ 71,5 milhões um ano antes.
A receita da divisão sucroalcooleira da Raízen, que incluiu os negócios de comercialização de energia da trading WX, cresceu 41,2% na comparação anual, para R$ 7,7 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado aumentou 31,3%, para R$ 850,3 milhões.
O avanço da receita foi impulsionado pelo aumento do volume de vendas de etanol e pelos melhores preços tanto do etanol como do açúcar. A receita com o biocombustível cresceu 47,5%, para R$ 3 bilhões. Já as vendas de açúcar renderam R$ 593,6 milhões, um recuo de 39,7% na comparação anual, mas em razão da estratégia de comercialização do produto ao longo da safra.
No primeiro trimestre, a Raízen já havia segurado a comercialização de açúcar, embora venha mantendo as vendas de etanol em alta, acompanhando a demanda doméstica aquecida. No acumulado dos dois primeiros trimestres da safra, o Ebitda ajustado somou R$ 1,3 bilhão, aumento de 9,6% ante o mesmo período do ciclo anterior.
No segundo semestre da safra, as vendas de açúcar deverão deslanchar e as de etanol tendem a surfar a onda do aumento sazonal de preços, melhorando os resultados, indicou Phillipe Casale, gerente executivo de relações com investidores da Cosan, em teleconferência com analistas.
O aumento da capacidade de armazenagem elevou nossa flexibilidade para comercializar açúcar, mirando os contratos [na bolsa de Nova York] quando o retorno faz mais sentido e alinhado a nossa estratégia de hedge, explicou.
No trimestre, a moagem de cana cresceu após chuvas atrasarem os trabalhos no início da temporada. Desde o começo da safra, já foram moídas 47,4 milhões de toneladas de cana, um incremento de 2% na comparação anual, com aumento da produtividade no segundo trimestre. A expectativa, segundo Casale, é que a moagem alcance 61 milhões de toneladas.
Com isso, Casale disse que a Cosan espera que o Ebitda da Raízen Energia nesta safra fique entre R$ 3,4 bilhões a R$ 3,6 bilhões – a estimativa oficial é de um resultado de até R$ 3,8 bilhões.
O volume de açúcar a ser comercializado nos próximos trimestres é 41% maior que um ano atrás – somava quase 2 milhões de toneladas no fim de setembro. Já no caso do etanol, havia 1,237 bilhão de litros, 8,4% a menos que há um ano.
O negócio de cogeração de energia só teve melhor desempenho por causa das operações de trading, uma vez que a Raízen Energia reduziu a quantidade de energia própria cogerada e os preços no mercado físico caíram.
Os investimentos em bens de capital (Capex) cresceram 16% em relação ao segundo trimestre de 2018/19, para R$ 541 milhões.

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