Etanol: hidratado derrete 5,66% na semana pelo indicador da USP

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Agência UDOP

O etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, fechou a semana de 15 a 19 de março no vermelho, segundo o Indicador Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Esta foi a segunda semana consecutiva de baixa no indicador.

O litro do biocombustível foi negociado na última semana em R$ 2,7414, contra R$ 2,9059 o litro da semana de 8 a 12 de março, desvalorização de 5,66% no comparativo entre os dois períodos.
Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, fechou a última semana cotado em R$ 2,9841 o litro, contra R$ 3,1229 o litro da semana anterior, recuo de 4,44% no comparativo entre as semanas.

Análise
Para Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, “no mercado de etanol, aquilo que ninguém esperava. As usinas que “não acreditam em duendes com pote de ouro”, como me disse um trader de etanol, aproveitaram os preços altamente remuneradores do hidratado e zeraram seus estoques próximos a R$ 3.5500/3.6000 por litro com impostos (naquele momento equivalia a vender açúcar a 14.50 centavos de dólar por libra-peso, um desconto de 100/120 pontos contra NY)”.
“O comprador de etanol sumiu e o mercado nominal deve estar com um desconto equivalente a 250/300 pontos contra o açúcar. O que provocou a queda vertiginosa dos preços foi a expectativa de demanda enfraquecida pelas restrições de mobilidade impostas por conta da pandemia. Todo mundo em casa, bares, restaurantes, praias fechadas e o enxugamento das disponibilidades de lazer. Sem vacina, não tem como a economia decolar. E o consumo de combustíveis aponta para baixo”, destacou o diretor da Archer.
Indicador Paulínia
Pelo Indicador Diário Paulínia, o etanol hidratado registrou na sexta-feira (19) sua sétima queda seguida, vendido em R$ 2.657,50 o metro cúbico, contra R$ 2.733,00 da véspera, recuo de 2,76% no comparativo entre os dias. No mês o indicador já acumula perda de 7,87%. A última alta do Indicador ocorreu em 10 de março.

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