Para Unica, decisão da Petrobras sobre preços de combustíveis foi empresarial

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Novo corte no preço da gasolina deve ter reflexo limitado sobre etanol
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Fonte: Nova Cana

A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) disse que a decisão da Petrobras de cortar mais uma vez os preços da gasolina e do diesel nas refinarias reflete o novo momento da empresa. “Está baseada em uma racionalidade econômica empresarial e com menos interferência do governo sobre preços, garantindo maior previsibilidade do mercado de combustíveis brasileiro”, disse em nota enviada ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A entidade avaliou que não é possível saber se essa redução chegará ao consumidor final.
“O valor anunciado, ou seja, o preço de venda na refinaria, representa cerca de 40% do preço de bomba. As outras variáveis são as margens das distribuidoras e das revendas, o imposto cobrado e o preço do etanol anidro. Por esse motivo, a Unica esclarece que os movimentos de preços do etanol anidro, que compõe 27% da gasolina, não são os principais motivos pela redução ou não do preço da gasolina nos postos”, afirmou a associação.
A referência ao anidro deve-se ao primeiro corte nos combustíveis pela Petrobras, anunciado em outubro. Na ocasião, o valor da gasolina não cedeu nos postos, chegando a avançar em 11 Estados. À época, creditou-se às cotações firmes do anidro a sustentação da gasolina nas bombas.
Por fim, a Unica disse esperar que o consumidor se beneficie também com baixos preços do diesel, "o que poderá reduzir os custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol, compensando a perda de competitividade do biocombustível".

Setor de etanol vê como positiva nova política de preços da Petrobras

O presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o setor produtivo do etanol vê como positivas a nova política de preços da Petrobras para os derivados de petróleo e ainda a baixa anunciada na terça-feira, 8, nos preços do diesel, de 10,4% nas refinarias.
"Previsibilidade é o que a gente sempre quis e a Petrobras vai se portar de acordo com o mercado e não por conveniência política, O que para nós é positivo", disse. "O mais importante é a redução significativa do diesel, que para nós é redução de custo na veia", completou Rocha, que participa do Fórum Nacional de Bioenergia, em Araçatuba (SP).
De acordo com ele, "é uma pena" que a baixa do preço do diesel, estimado em até R$ 0,16 por litro nos postos, seja anunciada no final da atual safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, já que o combustível é utilizado nas máquinas utilizadas no processo de colheita da cultura. "Essa baixa no diesel pode ajudar no plantio da cana, mas esperamos que continue", concluiu (Agência Estado, 9/11/16)

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