Petrobrás eleva produção e reduz dívida

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Fonte: O Estado de S. Paulo
Mesmo com o surpreendente prejuízo de R$ 16,458 bilhões no terceiro trimestre, a Petrobrás apresentou indicadores operacionais, como a geração de caixa, a produção e a redução da dívida, mais positivos. A geração de caixa foi de R$ 21,603 bilhões, perto da média das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, de R$ 21,492 bilhões.
A produção de petróleo e gás ficou em 2,87 milhões de barris de óleo equivalente por dia, na média do terceiro trimestre, alta de 2,3% em relação ao segundo trimestre e de 2,5% ante o terceiro trimestre de 2015. “Esse foi o melhor trimestre da companhia”, ressaltou a diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Solange Guedes.
O destaque é a produção na camada pré-sal. Sete das oito plataformas do pré-sal da Bacia de Santos estão produzindo na sua máxima capacidade, informou a Petrobrás. Na área, o custo de extração chega a ser inferior a US$ 8 por barril.
Campos. Solange informou ainda que o declínio da produção de petróleo na Bacia de Campos está em 6%. No entanto, segundo a executiva, o cenário para a região pode melhorar, com a formação de parcerias que agreguem tecnologia aos projetos.
A estatal também avançou no processo de redução da dívida, embora ela continue muito elevada. No encerramento do terceiro trimestre, a dívida bruta da petroleira ficou em R$ 398,165 bilhões, 19,2% menor que os R$ 493,023 bilhões do fim do ano passado. A dívida líquida no fim de setembro ficou em R$ 325,563 bilhões, 19% inferior aos R$ 402,3 bilhões apurados em igual período de 2015.
Assim, a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa da empresa caiu de 5,03 vezes no segundo trimestre para 4,07 vezes. Desde 2010, quando a Petrobrás fez uma megacapitalização para tornar viável a exploração do pré-sal, a relação entre dívida líquida e geração de caixa da empresa seguia trajetória ascendente, influenciada principalmente pela tendência de apreciação do dólar em relação ao o real.
Desde o primeiro trimestre deste ano, a tendência deu sinais de arrefecimento, dado o impacto positivo da apreciação do real ante o dólar sobre a dívida contraída pela estatal na moeda norte-americana. A meta da estatal é reduzir esse indicador a 2,5 vezes até 2018.
“Continuamos consistentemente reduzindo o endividamento”, disse o diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro, ressaltando que os recursos levantados com o programa de venda de ativos da estatal serão utilizados para antecipar o pagamento da dívida da petroleira. O executivo confirmou a meta de vender US$ 15,1 bilhões no período de 2015 e 2016.

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