Preços do petróleo caem após Arábia Saudita e Rússia adiarem reunião

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Fonte: Reuters

Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira, quebrando a sequência de ganhos da semana passada, após Arábia Saudita e Rússia adiarem uma reunião de produtores que teria como objetivo resolver o crescente excesso de oferta, à medida que a pandemia de coronavírus afeta a demanda pela commodity.

O mercado global de petróleo teve recuperação de mais de 35% na semana passada, depois de fontes da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, afirmarem que as partes estavam próximas de um acordo para reduzir o excesso de oferta global de petróleo, embora desejem participação dos Estados Unidos e de outros países.

No entanto, o encontro do grupo Opep+, originalmente marcado para esta segunda-feira, foi adiado para quinta-feira, à medida que continuam as trocas de farpas entre russos e sauditas quanto ao colapso, no mês passado, de um acordo que exisitia para cortes de produção. A demanda por combustíveis recuou cerca de 30% globalmente devido ao coronavírus, enquanto essas nações inundam os mercados com ofertas desnecessárias.

“O adiamento da reunião da Opep+ desencadeou grande parte das liquidações de hoje, como resultado das grandes diferenças filosóficas entre Rússia e os sauditas, que provavelmente impossibilitarão um acordo na quinta-feira”, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates.

Nesta segunda-feira, porém, Kirill Dmitriev, um dos principais negociadores de Moscou, disse que Rússia e Arábia Saudita estão próximas de um acordo. Após o fechamento do mercado, fontes revelaram que um acerto deve ser atingido na quinta-feira, mas condicionado à participação dos EUA.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 1,06 dólar, ou 3,1%, a 33,05 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuou 2,26 dólares, ou 8%, e terminou o dia cotado a 26,08 dólares o barril.

Segundo operadores, a queda foi mais acentuada para o valor de referência norte-americano por causa de um relatório da Genscape, que mostrou que os estoques no centro de distribuição de Cushing, em Oklahoma, avançaram em cerca de 5,8 milhões de barris na semana passada.

Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres, Florence Tan em Cingapura e Jessica Resnick-Ault e Devika Krishna Kumar em Nova York

 

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