Shell: nova lei tornará setor mais atraente

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Fonte: O Globo
O presidente mundial da Shell, Ben van Beurden, elogiou o projeto, de autoria do então senador José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, que desobriga a Petrobras de ser operadora única do pré-sal. O texto-base do projeto vai à sanção do presidente Michel Temer.
Após se reunir com Temer, no Palácio do Planalto, Beurden afirmou que a petrolífera escolheu o Brasil como um dos três principais receptores de investimentos da empresa. Ele informou que a Shell investirá US$ 10 bilhões no país nos próximos quatro anos.
—É o passo certo para o governo tomar. Abre espaço para novos players e torna o mercado mais atraente — disse o executivo, ao comentar a mudança do governo Temer no regime de exploração do petróleo na camada do pré-sal. ATENÇÃO À QUESTÃO FISCAL Ao falar sobre a importância do Brasil para o programa de investimentos da Shell, ele ressaltou o que chamou de “senso de urgência” na gestão Temer. Segundo o executivo, o presidente “entende a importância de investimentos estrangeiros”.
— Escolhemos tornar o Brasil um dos três países com mais investimentos da Shell no mundo — disse.
Os US$ 10 bilhões estimados são de projetos atuais da empresa, prioritariamente no pré-sal. A multinacional comprou a concorrente BG em fevereiro deste ano, e cita o campo de Libra como alvo de aportes nos próximos anos. Ben van Beurden não descartou participar de leilões que ainda acontecerão, mas pediu “atenção” do governo para a responsabilidade fiscal.
Além de Temer, participaram da reunião o encarregado do governo do programa de concessões (Moreira Franco) e os ministros da Fazenda (Henrique Meirelles) e de Minas e Energia (Fernando Coelho).
Para o governo, o novo marco regulatório do pré-sal dará mais autonomia e capacidade de planejamento para a Petrobras, o que deve impulsionar a recuperação da companhia. A principal mudança na legislação é que a empresa poderá dizer se quer ou não operar blocos de exploração. Antes, a estatal era obrigada a participar com pelo menos 30% de qualquer bloco contratado sobre o regime de partilha, independentemente de ter recursos ou não.
Os técnicos argumentam que essas mudanças não excluem a Petrobras da exploração do présal. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) oferecerá a preferência para a estatal ser a operadora. A companhia, se aceitar, terá participação mínima de 30%.

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