Shell recebe licença para produzir gás natural na Venezuela

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Petroleira vai explorar o campo de Dragon junto com a NGC, estatal de Trinidade e Tobago
EPBR

O governo da Venezuela emitiu na última semana uma licença de 30 anos para a Shell e a NGC, estatal de Trinidade e Tobago, explorarem o campo de gás de Dragon, na costa do país. O acordo finalizou uma negociação iniciada em janeiro, quando o governo dos EUA deu aval para o andamento do projeto.
A expectativa é o campo comece a produzir em dois anos uma média de 5 milhões de m³ de gás natural por dia. O gás será processado em Trinidade e Tobago, que é o maior exportador de gás natural liquefeito (GNL) da região.
A Shell vai operar o projeto com uma participação de 70% e a NGC de Trinidade detém os 30% restantes. A PDVSA, que descobriu as reservas e pagou pela infra-estrutura existente, receberá dinheiro ou uma parte da produção de gás como royalties.
“Além dos benefícios imediatos a serem derivados do campo Dragon, ou seja, o potencial para reforçar o fornecimento de gás e, por extensão, o desenvolvimento da indústria de energia no país de duas ilhas, a assinatura fortaleceu e aprofundou as relações energéticas entre Trinidad e Tobago e Venezuela e abriu perspectivas para o desenvolvimento futuro de outras reservas de gás transfronteiriças e interfronteiriças entre os dois países”, afirmou em nota da NGC.
O acordo foi assinado pelo ministro do Poder Popular de Petróleo da Venezuela e presidente da PDVSA, Pedro Tellechea, o ministro de Energía e Industrias Energéticas de Trinidade e Tobago, Stuart Richard Youngy, o presidente da Shell Venezuela, Alfredo Urdaneta, e o da Shell Trinidade e Tobago, Adam Lowmass, entre outros executivos e autoridades.
Este projeto é o passo mais concreto até o momento da reabertura do mercado de óleo e gás da Venezuela para petroleiras privadas após a retirada parcial das sanções ao país pelo governo dos EUA em outubro.
A decisão libera a importação e exportação de petróleo e derivados, além de investimentos em exploração e produção, mas está condicionada à condução das eleições presidenciais de forma livre e democrática.

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