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Fonte: Valor Econômico

A Transpetro, braço de logística da Petrobras, pretende se reposicionar no mercado e diversificar a base de clientes. A estratégia, segundo o presidente da empresa, Antonio Rubens Silvino, é se tornar prestador de serviços não só para sua controladora, mas buscar oportunidades de negócios junto a outros agentes do setor. Silvino, presidente da Transpetro, trabalha para tornar a empresa mais competitiva e preparada para atender outras companhias do setor de petróleo e gás “Nosso plano é migrar de uma atuação focada para [atender à] Petrobras para atender ao mercado”, disse o executivo, durante apresentação na Rio Oil & Gas. Segundo Silvino, a companhia tem mantido conversas preliminares com empresas do setor, em busca de oportunidades. O relacionamento mais avançado é com o consórcio liderado pela canadense Brookfield, que adquiriu 90% da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), por US$ 5,2 bilhões. “O contrato que temos é com a TAG [Transportadora Associada de Gás] para operação e manutenção [dos gasodutos]. Estamos negociando com a Brookfield para continuar a prestar os serviços [de operação e manutenção] para a NTS. Deverá ser um contrato para começar com cinco anos e valer a partir do momento em que a Brookfield assumir [os gasodutos]." Na avaliação do executivo, a Transpetro enxerga oportunidades para fornecer, por exemplo, serviços logísticos de cabotagem para distribuidoras de combustíveis e de serviços alívio de navios para as petroleiras. "Diante das perspectivas que vemos de que a Petrobras vai reduzir investimentos, a Transpetro vem se posicionando para ser cada vez mais enxuta em competitividade para, quando novos agentes chegarem para assumir esses [ativos do plano de desinvestimentos da] Petrobras, que a gente possa estar pronto para atender, competir e ser mais uma opção para o mercado", disse Silvino. Ele destacou, contudo, que a empresa também tem planos de intensificar o relacionamento com a própria Petrobras. "A Transpetro só responde por 38% do transporte marítimo que a Petrobras contrata de cabotagem. Também queremos ampliar isso [a participação na controladora]", completou. Silvino disse, ainda, que a Transpetro "está alinhada" com o plano de negócios da Petrobras e que tem trabalhado para se tornar mais competitiva. E destacou que uma das medidas adotadas recentemente para reduzir custos foi revisar contratos com fornecedores. Segundo o executivo, a empresa cancelou 17 dos 46 navios encomendados no âmbito do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). Essas unidades, de acordo com Silvino, foram contratadas, mas ainda não estavam em construção. "Estamos desonerando a Petrobras e a Transpetro de terem que investir em navios próprios. Conseguimos uma boa diminuição dos nossos compromissos, sem deixar nenhuma contingencia jurídica", disse o presidente. Silvino informou ainda, que a Transpetro está avaliando se manterá ou não os contratos de outros três navios encomendados ao estaleiro Eisa Petro-Um. Questionado se a Transpetro faz parte do plano de venda de ativos da Petrobras, Silvino disse que este é um assunto da controladora, mas que, na sua visão, a companhia está dentro das diretrizes do plano de negócios da estatal de ser uma empresa integrada com foco em óleo e gás. "Para nós, se a visão é ser uma empresa de energia integrada com foco em óleo e gás, a Transpetro faz parte dessa integração", afirmou o presidente.

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