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Fonte: Valor Online

O mercado brasileiro de combustíveis caminha para fechar 2016 em queda pelo segundo ano consecutivo, depois de recuar 1,9% no ano passado. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o consumo de derivados, no Brasil, caiu 2,3% em novembro, na comparação com igual período do ano passado, e acumula retração de 4,5% no ano, num sinal de intensificação da trajetória de redução nas vendas. Ao todo, foram comercializados, no mês passado, 10,982 bilhões de litros, o menor volume para o mês desde 2011. Historicamente atrelado ao desempenho da economia, o consumo de diesel recuou 3,4% em novembro, para 4,4 bilhões de litros, e acumula uma queda de 5% no ano. Já as vendas de etanol hidratado caíram 28,6% no mês passado. Entre janeiro e novembro, as vendas do biocombustível registraram baixa de 17,6%. A gasolina C (misturada ao etanol anidro), por sua vez, é um dos destaques positivos do ano, com alta de 14% no mês passado e de 4,3% no acumulado do ano. Esse crescimento reflete a preferência do consumidor pelo derivado, em detrimento do etanol. As vendas de gasolina estão substituindo parte do declínio do consumo do álcool, cujos preços, nas bombas, têm se mostrado menos favoráveis este ano, na paridade com a gasolina, frente a 2015. Os números da ANP, contudo, mostram que o consumo maior da gasolina não tem sido suficiente para sustentar o crescimento do mercado chamado Ciclo Otto (veículos leves que consomem gasolina, etanol ou ambos), tradicionalmente atrelado ao comportamento da renda das famílias. Quando somada a comercialização total de gasolina e hidratado, considerando a equivalência energética dos produtos, a queda desse segmento no acumulado do ano é de 0,84%. Outro destaque positivo do ano é o consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP), que subiu 6,4% em novembro e acumula, no ano, alta de 1%. As vendas de óleo combustível, por outro lado, caíram 40% no mês passado. Entre janeiro e novembro, a queda acumulada é de 33,1%, em função do menor despacho termelétrico. No segmento de aviação, o cenário também é de retração no consumo de derivados, acompanhando a queda na demanda por voos nacionais. Enquanto as vendas de querosene de aviação registram baixa de 9,9% em novembro e de 8,1% no ano, a comercialização de gasolina de aviação caiu 4,3% no mês passado e, em 2016, acumula queda de 11,1%.

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