(Reuters) – A Petrobras aumentará os preços do diesel em 2% e os da gasolina em 4% a partir de quinta-feira em suas refinarias, em momento em que o consumo de combustíveis mostra retomada e os contratos futuros do petróleo acumulam ganhos no mês.
Já o novo reajuste da gasolina ocorre após uma redução de 4% realizada no final de julho, que havia sido antecedida por nove altas seguidas.
Com o movimento anunciado pela companhia nesta quarta-feira, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras deverá atingir 1,7336 real por litro, maior nível desde meados de março, quando o consumo de combustíveis passou a ser fortemente impactado pelas medidas de isolamento social relacionadas à pandemia de coronavírus.
Já o preço médio da gasolina, segundo os números da Reuters, deve chegar a 1,7213 real por litro.
No acumulado do ano, o valor do diesel ainda apura queda de 26%, enquanto o da gasolina tem baixa de cerca de 10%.
O reajuste acontece em momento em que as distribuidoras de combustíveis visualizam uma melhora no consumo, diante das flexibilizações das medidas de quarentena.
A Raízen Combustíveis, braço do grupo Cosan, estimou nesta semana que o setor deve recuperar o desempenho no segundo semestre, ficando em linha com os níveis verificados antes da crise causada pela pandemia.
Na terça-feira, ao divulgar seu balanço do segundo trimestre, a BR Distribuidora afirmou que “continua a observar uma gradual recuperação dos volumes vendidos, o que tem acompanhado a contínua retomada da circulação de pessoas”.