Capacidade do tanque pode divergir do manual

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Fonte: Portal da Fecombustíveis
“Está no manual. No meu carro cabem 48 litros (de combustível). Fui completar e paguei 54 litros de álcool. Ou aconteceu um milagre da multiplicação dentro do tanque ou tem boi na linha e aquela bomba está alterada”. O trecho, extraído de um áudio que viralizou nas redes sociais nesta semana, indica suposta fraude em um posto no Canal 5 com a Avenida Afonso Pena, em Santos.
Porém, a gravação revela a divergência entre a informação fornecida pelo fabricante do veículo e a real capacidade de abastecimento dos modelos. A confusão foi desfeita após o proprietário do posto santista localizar o autor do áudio. “Entrei em contato com ele e fiz os testes de aferição da bomba. Não havia nenhuma fraude. Acontece que nem sempre o manual (do carro) é preciso quanto à quantidade de combustível. É um tipo de desconfiança comum dos usuários”, diz Ricardo Rodriguez Lopez, que também é vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da região (Resan).
Um estudo encomendado pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) revelou que a capacidade de armazenamento do tanque pode ser maior do que aquela informada no manual. O levantamento, realizado pelo Grupo Falcão Bauer – especializado em controle da qualidade de produtos e serviços – , identificou divergência de até 36,5%.
A pesquisa foi aplicada em 13 modelos (veja abaixo), sendo que apenas um modelo não apresentou diferença com os dados técnicos da montadora.
MOTIVOS
De acordo com o diretor adjunto da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Nilton Monteiro, as diferenças entre a quantidade indicada no manual e a capacidade do tanque no momento do abastecimento podem ocorrer por motivos diversos. Desnível do terreno do posto e até mesmo as mangueiras internas podem interferir na quantidade de combustível.
Ele acrescenta que a calibração das montadoras pode variar até 5% de volume. Para evitar confusões dessa natureza, Lopez aconselha o consumidor a pedir na concessionária para realizar uma medição no tanque do veículo. Contudo, a alternativa mais rá- pida é exigir o teste de aferição no posto de combustível.
“Todos os estabelecimentos são obrigados a realizar o exame, que acontece na hora, na frente do motorista. Essa é a melhor maneira para saber que não está sendo enganado”. O teste é realizado por meio de um balde de 20 litros, certificado pelo Inmetro. Caso exigido, os postos também devem fazer medição da porcentagem de etanol misturado à gasolina – segundo as atuais regras, a proporção é de até 27% do derivado da cana-de-açúcar.
Lopez aconselha abastecer sempre no posto de sua confiança, fazer a anotação de quanto abasteceu e a quilometragem percorrida e pedir nota fiscal. Com esse documento, é possível acionar órgão de defesa do consumidor (Procon).
Confira a matéria na íntegra.
Confira o estudo da Fecombustíveis sobre o tema.

Fonte: A Tribuna

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