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Fonte: Folha de S.Paulo

A Petrobras cortou 20% do seu pessoal desde 2013, um ano antes do início da Operação Lava Jato e da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

A redução do quadro de pessoal é parte de uma estratégia de enxugamento para economizar dinheiro e adaptar a força de trabalho aos cortes de investimentos realizados após a Lava Jato e à cotação menor do petróleo.

Em 2016, a estatal fechou o ano com 68,8 mil empregados, o menor número desde 2007, ano da descoberta do pré-sal, e uma redução de 17,8 mil em relação a 2013, quando o quadro atingiu seu auge.
As demissões têm se concentrado na holding – até agora, o emprego em subsidiárias e controladas tem sido mais preservado, com queda de 8,8% no período.
Os dados constam do relatório anual da companhia com os resultados de 2016, no qual a Petrobras registra prejuízo de R$ 14,8 bilhões.

Apenas em 2016, o quadro de empregados foi reduzido em 5.619 pessoas, a maior parte na região Sudeste, onde estão concentradas as atividades administrativas.
Em 2013, a empresa ainda estava em processo de expansão, com investimentos crescentes e planos para construir as refinarias que foram suspensas após a descoberta do esquema de corrupção.
De lá para cá, a Petrobras promoveu dois planos de demissão voluntária (PDVs), com os quais já desligou 12.190 pessoas. A expectativa é que outros 6.502 ainda sejam desligados.

Segundo a estatal, foram pagos R$ 3,7 bilhões em benefícios aos que optaram por deixar a companhia. A economia de custos com os programas é estimada em R$ 18,9 bilhões até 2021, considerando uma taxa de desistência de 20% dos inscritos.

Sua maior subsidiária, a BR Distribuidora, também abriu seu próprio plano de demissão voluntária, com adesão de 1.105 empregados.
Em entrevista para detalhar o balanço, o diretor de assuntos corporativos da companhia, Hugo Repsold, disse que não há planos de novos PDVs e que espera que o efetivo da holding se equilibre em torno dos 50 mil trabalhadores (eram 51,3 mil no fim do ano passado).
O quadro relativo às subsidiárias pode sofrer ainda novos cortes, principalmente relacionados ao processo de venda de ativos, que prevê a transferência de operações para outras

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