Com expansão de renováveis, país diminui dependência de combustível fóssil, aponta BP

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Fonte: Valor Econômico
Com o crescimento acelerado das renováveis, a matriz energética brasileira se tornará cada vez menos dependente do petróleo, ainda que o combustível fóssil se mantenha como o combustível dominante. A projeção é da petroleira britânica BP, que prevê que a energia eólica ultrapasse o gás natural como a segunda maior fonte de geração de energia elétrica do país em 2035. A expectativa da BP é que o crescimento da importância da energia limpa, no Brasil, siga a tendência internacional. Globalmente, a previsão da britânica é que os combustíveis não fósseis respondam por metade do crescimento do fornecimento de energia nos próximos 20 anos. E que o petróleo e o gás, juntamente com o carvão, continuem como as principais fontes de energia que alimentarão a economia mundial, sendo responsáveis por mais de 75% da oferta mundial de energia em 2035, contra os 86% de 2015. De acordo com o relatório BP Energy Outlook, divulgado ontem pela multinacional, a parcela do petróleo na matriz de combustíveis, no Brasil, deverá cair dos atuais 41% para 34% em 2035, diante da tendência de crescimento das fontes limpas. A expectativa é que o consumo de renováveis (incluindo os biocombustíveis) cresça, em média, 4,8% ao ano no período. As projeções da BP indicam que, com exceção do carvão, todas as demais fontes devem crescer no Brasil, com destaque também para o gás natural. A expectativa é que o consumo do combustível cresça 1,8% ao ano, acima da média global de 1,6%. Já o consumo de petróleo deve aumentar 0,8% ao ano, em linha com a média global. A BP estima também que o consumo de energia elétrica deve crescer 2,2% ao ano entre 2015 e 2035. A hidroeletricidade continuará a dominar, mas sua participação na matriz elétrica cairá de 63% para 56%. Do lado da produção, a previsão é que o aumento da produção de petróleo (70%) e gás natural (40%) mais do que compense a queda do carvão (-22%). A produção de líquidos crescerá mais de 2 milhões de barris diários até 2035, para 5 milhões de barris/dia. Com o aumento da produção de petróleo e biocombustíveis, o Brasil continuará sendo o maior produtor de líquidos da América do Sul. A previsão é que o país se torne exportador líquido de energia, com aumento das produções de petróleo, gás e hidroeletricidade, energia nuclear e renováveis. A produção de energia no Brasil, segundo o estudo, passará de 94% do consumo em 2015 para 112% em 2035.

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