Comissão do Congresso aprova MP que concedeu desconto de R$ 0,30 por litro no preço do óleo diesel

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Fonte: G1

Uma comissão mista do Congresso Nacional, formada por senadores e deputados, aprovou nesta quarta-feira (8) a medida provisória que concedeu uma subvenção econômica na comercialização de óleo diesel. A subvenção é de até R$ 0,30 por litro de diesel.
A subvenção tem objetivo de garantir o desconto de R$ 0,46 no litro do combustível. O incentivo será concedido até 31 de dezembro de 2018 para cobrir parte dos custos das distribuidoras.
Outros R$ 0,16 que completam o valor total do desconto são alcançados com a redução da carga tributária de PIS, Cofins e Cide sobre o diesel.
A redução de R$ 0,46 no valor do litro do diesel nas refinarias faz parte do acordo fechado pelo governo do presidente Michel Temer com caminhoneiros grevistas para encerrar a paralisação que durou 11 dias entre maio e junho.
A medida ainda precisa ser votada pelos plenários da Câmara e do Senado. Por se tratar de uma medida provisória, o texto tem força de lei desde que foi publicado no “Diário Oficial da União”. Mas precisa ser aprovado no Congresso dentro de um prazo de 120 dias. Caso contrário, perderá a validade.
A concessão será até 31 de dezembro de 2018. O relator da MP, deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), disse que chegou a analisar a extensão desse prazo. Mas optou por manter o prazo original proposto pelo governo.
Custo das medidas
O subsídio de R$ 0,30 no preço do litro do diesel desde que a medida foi anunciada em maio, com validade até o fim deste ano, custará R$ 9,58 bilhões aos cofres públicos. Esses valores foram contabilizados no orçamento geral da União deste ano.
Subsídio é o desembolso de dinheiro que o governo faz para financiar um benefício para determinado setor. Pode estar contabilizado no orçamento ou não. Neste último caso, afeta apenas a dívida pública, elevando-a.
Além disso, outros R$ 4 bilhões, que não configuram subsídios propriamente ditos, estão sendo compensados com a redução de outros benefícios e cortes de gastos públicos. Foram reduzidos benefícios para exportadores, para a indústria química e para “concentrados” de refrigerantes, e também cancelados gastos públicos para compensar esse valor.

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