Governo congela mudança em subsídio ao diesel; economia seria de quase R$5 bi, diz fonte

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Fonte: Reuters

O governo federal planejava publicar ainda nesta semana um decreto que previa a retirada gradual das subvenções ao diesel já a partir de agora, diante da queda do barril do petróleo e da desvalorização do dólar ante o real, mas decidiu colocar o plano na geladeira nesta segunda-feira, disseram à Reuters fontes próximas às discussões.
Segundo uma das fontes, o texto da medida inclusive já estava pronto. Mas a Casa Civil desistiu de seguir em frente com a ideia.
Agora, a investida será reavaliada em 30 dias, mas sua implementação dependerá de acordo com a equipe de transição, após a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial.
Com o decreto, o governo poderia gastar 4,75 bilhões de reais a menos do que o previsto neste ano com as subvenções, ou metade do montante inicialmente fixado para os subsídios, acrescentou a fonte, que falou em condição de anonimato.
Originalmente, o programa foi criado para terminar no fim de dezembro.
A mudança, na avaliação das três fontes, seria possível diante do comportamento do petróleo e do dólar.
O preço do petróleo Brent perdeu quase 7 por cento em valor neste mês, com o mercado a caminho da maior queda percentual desde julho de 2016. À medida que a eleição se definiu, o dólar recuou para o seu menor valor em cinco meses, reduzindo o montante em reais necessário para importações.
O programa de subsídios ao diesel foi lançado em junho, como resposta do governo a uma greve história dos caminhoneiros no mês anterior. O movimento protestou contra os altos preços do combustível.
Inicialmente, não havia a previsão de que as subvenções fosse retiradas de forma gradual.

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