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Fonte: Valor Online

O governo indicou Maria Cláudia Guimarães, ex-diretora do Merrill Lynch, para o conselho de administração da Petrobras. Se aprovada, a executiva assumirá a vaga aberta após a saída de Clarissa Lins, que renunciou ao cargo para se dedicar à presidência do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).
O nome de Maria Guimarães ainda será avaliado pelo conselho e, posteriormente, passará por assembleia de acionistas, ainda sem data marcada. A indicação foi anunciada pelo site especializado Petróleo Hoje, da Brasil Energia, e confirmada por uma fonte ao Valor. Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento desta edição.
Engenheira formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Guimarães tem MBA pela Coppead/UFRJ e experiência na área financeira. A executiva foi diretora do ING e do BankBoston e vice-presidente do ABN Amro Bank. Atualmente, ela é sócia da KPC Consultoria e, recentemente, entre 2018 e 2019, foi conselheira da Constellation Oil Services (ex-Queiroz Galvão Óleo e Gás).
Com a chegada de Maria Guimarães, o conselho de administração da Petrobras voltará a ter dez membros. Um dos assentos da União no colegiado segue vago.
O conselho da estatal é presidido atualmente pelo almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, indicado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. As demais cadeiras são ocupadas pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco; por Ana Zambelli, João Cox, Nívio Ziviani e Walter Mandes de Oliveira, todos eles da cota da União, como acionista controlador; por Marcelo Mesquita e Sônia Júlia Villalobos (ambos (indicações dos acionistas minoritários); e Danilo Ferreira da Silva, representante dos funcionários.
Maria Guimarães traz para o colegiado da Petrobras um perfil mais financeiro. Com a saída de Clarissa Lins, a empresa perde, por outro lado, a sua principal referência na área de sustentabilidade. O desligamento de Clarissa do colegiado já era esperado, desde que ela assumiu, em novembro, a presidência do IBP – uma das mais influentes entidades setoriais do país e que reúne petroleiras e outras companhias da cadeia de petróleo e gás natural. A atuação concomitante da executiva como presidente do IBP e como conselheira da Petrobras poderia configurar, nesse sentido, um eventual conflito de interesses.

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