Fonte: Valor Econômico
Com operações integradas desde dezembro, a joint venture formada entre Chevron e Ipiranga para o negócio de lubrificantes – batizada de Iconic – quer aproveitar as atuações complementares de negócios das acionistas controladoras para manter a liderança assumida no setor com a união.
Enquanto a Ipiranga tem forte presença no varejo, se aproveitando dos 8 mil postos da rede e das 1.600 “Jet Oils” (rede de serviços automotivos da marca), a Chevron, que no Brasil opera com a marca Texaco, tem participação relevante na indústria automotiva e no mercado marítimo.
“Lubrificante é um negócio de escala. Quanto mais escala, mais valor você consegue extrair. Com a união, ganhamos consideravelmente e conseguimos ser mais eficiente em uma série de coisas, como logística”, afirma Leonardo Linden, diretor presidente da Iconic Lubrificantes.
Em termos de distribuição geográfica, apesar das duas marcas atuarem em todo o país, a Ipiranga – que é a distribuidora de combustíveis do grupo Ultrapar – tem presença maior no Sul e Sudeste do Brasil e a Texaco é mais forte no Norte e Nordeste.
A união do negócio de lubrificantes da Chevron com o da Ipiranga foi anunciada em agosto de 2016 e aprovada pelas autoridades reguladoras em fevereiro de 2017. Os nove meses seguintes foram de ajustes nas operações.
Unidas, as duas empresas têm, segundo o boletim mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 24% de participação no mercado, com a Petrobras Distribuidora detendo 22,6%. A Cosan é a terceira, com uma fatia de 14%.
Um desafio da Iconic será não canibalizar as duas marcas. Ao todo, são cerca de 1.300 tipos de lubrificantes diferentes após a fusão. Na nova empresa, a Ipiranga ficou com 56% do capital social e a companhia americana, 44%.