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Fonte: O Globo
Apesar de a Petrobras ter reajustado os valores da gasolina em 2,8%, em média, e do diesel em 1,2%, em média, a partir desta quarta-feira em suas refinarias, seus preços continuam inferiores aos praticados no mercado externo, inviabilizando as importações pelo setor privado.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos importadores de Combustíveis (Abicom), mesmo com esse último reajuste, os preços da Petrobras em suas refinarias continuam mais baratos do que os preços de importação dos produtos nos cinco principais portos brasileiros. O diesel estava há 18 dias sem reajuste e a gasolina há 53 dias.
De acordo com dados da Abicom, o diesel, por exemplo, vendido pela Petrobras está até R$ 123 por metro cúbico mais barato do que o preço internacional do produto colocado no Porto de Itaqui, no Maranhão, e R$ 109 por metro cúbico no porto de Araucária.
Já a gasolina também está mais barata nos cinco portos de referência (Suape, Santos, Aruacária, Itaqui e Aratu). No Porto de itaqui, a gasolina vendida pela Petrobras está R$ 135 por metro cúbico mais barata do que os preços de importação do produto nesse porto.
— O aumento, menor do que 2% (no diesel) foi insuficiente para cobrir a variação internacional do período. Considerando o câmbio e os preços dao petróleo, o custo do produto (diesel) teve uma alta de 4,4% desde o reajuste anterior (1 de novembro). As importações do produto estão inviabilizadas em todos os portos — ressaltou Sérgio Araujo, presidente da Abicom.
A gasolina estava há 53 dias sem alterações em seus preços. A última alteração tinha ocorrido em 27 de setembro, com aumento de R$ 0,044 por litro.
De acordo com a Abicom, o reajuste concedido pela Petrobras na gasolina foi também insuficiente para cobrir a defasagem existente em relação aos preços internacionais. Com isso, as importações do produto também são inviáveis de acordo com a Abicom.
— Hoje (quarta-feira) a situação está pior, pois o câmbio está subindo e os produtos no mercado internacional também estão subindo, como diesel ( + 2,12%) e gasolina (+ 3,11%) — ressaltou Araujo.

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